Na era da globalização, a operação multimodal se tornou vital para a competitividade do comércio internacional.
Isso porque, desde os primórdios do comércio, a humanidade busca formas de conectar povos e lugares distantes para trocar mercadorias e ideias. Fato é que as antigas rotas terrestres e marítimas impulsionaram intercâmbios que moldaram o mundo. Com o passar dos séculos, novas tecnologias transformaram os transportes, mas a demanda por logística eficiente só aumentou.
Nesse sentido, combinar modais – rodovias, ferrovias, vias aéreas e marítimas – é essencial para entregar produtos aos quatro cantos do planeta com rapidez e segurança.
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Este é um pequeno guia sobre os desafios e melhores práticas da logística multimodal que aguardam tanto os recém-chegados quanto os veteranos neste universo complexo.
Vamos embarcar nessa jornada? Então arregace as mangas e se prepare. Do planejamento à execução, falaremos sobre cada etapa para que você navegue com maestria nos mares do transporte global de cargas.
Se você permanecer conosco até o final deste artigo, certamente descobrirá dicas inestimáveis que poderão transformar a maneira como sua empresa lida com a gestão aduaneira.
Em suma, este texto tem o objetivo de iluminar o caminho daqueles que buscam entender e aprimorar sua operação multimodal no comércio exterior. Portanto, se você busca excelência e deseja evitar obstáculos no mundo da logística, está no lugar certo! Seja bem-vindo ao universo da operação multimodal.
O que é uma operação multimodal no comércio exterior?
Inegavelmente, a combinação de caminhões, trens, navios e aviões cria as melhores rotas possíveis para mover mercadorias de um ponto de origem para um ponto de destino.
Na operação multimodal, cada modo de transporte contribui com suas vantagens para tornar a logística mais eficiente. Mercadorias alcançam destinos antes inatingíveis usando apenas um meio de transporte.
Portanto, não surpreende que o transporte multimodal esteja em alta no comércio global. Ao conectar os pontos da cadeia produtiva, ele facilita o escoamento da produção para novos mercados. Essa maior capilaridade aumenta a competitividade das empresas frente aos desafios do mundo moderno.
Planejar bem essa intermodalidade, com parceiros especializados, é fundamental. Afinal, integrar diferentes elos leva a operação logística a outro patamar. Além disso, no comércio globalizado, a soberania pertence a quem domina as rotas, e sua empresa pode fazer uso da complexidade operacional com parceiros especializados, o uso intenso de tecnologia e constantes inovações.
Exemplo de uma operação multimodal
Imaginemos uma empresa chamada “Multimodal Logistics”, empresa especializada em soluções logísticas. Ela foi contratada, por exemplo, para realizar o transporte de um lote de smartphones produzidos em Manaus com destino a Madri, na Espanha. Devido à alta demanda do cliente europeu, era necessário entregar a carga o mais rápido possível.
A logística da operação envolveu inicialmente o deslocamento terrestre da produção, saindo da unidade fabril em Manaus em direção ao Porto de Santarém no Pará. Essa etapa proporcionou uma rota rodoviária mais curta e eficiente. No porto paraense, realizou-se então a consolidação e embarque marítimo da carga em uma embarcação de cabotagem.
O transporte fluvial seguiu pela costa brasileira com destino ao Porto de Santos. A utilização combinada do modal rodoviário e marítimo, assim, permitiu otimizar os custos logísticos do projeto.
Chegando em Santos, a mercadoria foi descarregada e transferida para um comboio ferroviário especialmente preparado para esse tipo de produto. O comboio atravessou o continente sul-americano até o Porto de Buenos Aires, na Argentina. Lá, os smartphones foram embarcados em um navio de longo curso com destino ao Porto de Valência, na Espanha. No porto espanhol, por fim, a carga foi desembarcada e levada via aérea até o centro de distribuição do cliente em Madri.
Essa operação multimodal combinou de forma integrada 5 modais: rodoviário, marítimo de cabotagem, ferroviário, marítimo de longo curso e aéreo – assim, garantiu rapidez e segurança ao transporte da carga.
Certamente, a expertise da empresa Multimodal Logistics foi fundamental para coordenar toda a operação.
INCOTERMS multimodais
Os INCOTERMS definem responsabilidades e obrigações do comprador e vendedor em operações internacionais. Em operações multimodais, é essencial entender tais termos para evitar complicações aduaneiras.
- EXW (Ex-Works) – O vendedor entrega a mercadoria na origem, sem despacho de exportação. Exemplo: A fábrica em São Paulo entrega a mercadoria no seu próprio portão. O importador em Buenos Aires organiza e paga pelo transporte marítimo e rodoviário.
- FCA (Free Carrier) – O vendedor entrega a carga pronta para exportação no local acordado, ao transportador nomeado pelo comprador. Exemplo: O exportador entrega a carga no porto de Santos. O importador organiza e paga pelo transporte marítimo até o porto de Buenos Aires e rodoviário até o armazém.
- CPT (Carriage Paid To) – O vendedor paga pelo transporte até o destino combinado. Exemplo: O exportador paga pelo frete marítimo até o porto de Buenos Aires. O risco se transfere para o importador na entrega ao transportador marítimo no porto de Santos.
- CIP (Carriage and Insurance Paid to) – Igual ao CPT, mas o vendedor também contrata um seguro mínimo de transporte. Exemplo: O exportador paga pelo frete marítimo até Buenos Aires e obtém seguro marítimo.
- DPU (Delivered at Place Unloaded) – O vendedor entrega a mercadoria quando as operações de descarregamento terminam no local de destino. Exemplo: O exportador é responsável até finalizar a descarga no armazém em Buenos Aires.
- DAP (Delivered at Place) – O vendedor entrega a mercadoria pronta para descarregamento no local de destino combinado. Exemplo: O exportador entrega a mercadoria disponível para descarga no porto de Buenos Aires.
- DDP (Delivered Duty Paid) – O vendedor é responsável por entregar a mercadoria no local de destino, incluindo despacho aduaneiro e impostos. Exemplo: O exportador é responsável por todas as formalidades alfandegárias e entrega a mercadoria no armazém em Buenos Aires.
Dicas para evitar dor de cabeça na gestão aduaneira de uma operação multimodal
Para uma operação multimodal de sucesso, é essencial atentar-se a uma comunicação assertiva, contar com fluxos automatizados e softwares especializados e garantir um bom planejamento. Por isso, separamos estas três dicas que poderão garantir a eficiência da sua operação.
Entenda o papel de cada empresa envolvida na operação
Em uma operação multimodal, em geral são diversos os players envolvidos, desde a origem até o destino da carga. É fundamental que o exportador ou importador tenha clareza sobre as atribuições e responsabilidades de cada empresa contratada para evitar problemas.
Por exemplo, na coleta da mercadoria o transportador rodoviário é responsável por verificar a carga, emitir o conhecimento de transporte e garantir a entrega no porto. Já no porto, o operador portuário faz o carregamento, emite o conhecimento de embarque e despacha a carga. Durante o transporte marítimo, a empresa de navegação é responsável pelo frete e segurança da mercadoria. No desembaraço aduaneiro, o despachante faz toda a documentação necessária para nacionalização da carga.
Conhecer bem essas atribuições ajuda a dimensionar riscos e definir responsabilidades caso algo saia errado.
Automatize os fluxos sempre que possível
A automação de processos pode trazer grandes benefícios para a gestão aduaneira de operações multimodais, tornando-a mais ágil, precisa e eficiente. Sempre que possível, vale investir em soluções tecnológicas para automatizar rotinas repetitivas e propensas a erros manuais.
Um exemplo é a integração via EDI dos sistemas do exportador/importador com os dos demais players logísticos – transportadores, agentes de carga, portos, aeroportos etc. Desse modo, permite-se a troca de dados e documentos eletronicamente, sem necessidade de digitação manual.
Outra possibilidade é utilizar software de gerenciamento logístico que automatize desde a escolha dos modais e roteirização até a emissão de documentos e cobrança de fretes. Esses sistemas geram ganhos de produtividade e reduzem o risco de erros.
Tecnologias como IoT, RFID e blockchain também podem ser empregadas para dar mais visibilidade, segurança e rastreabilidade às cargas, automatizando o monitoramento. No futuro, drones e veículos autônomos tendem a automatizar cada vez mais as movimentações físicas de cargas.
Investir em automação exige esforço inicial, mas traz retornos significativos para gestão aduaneira no médio-longo prazo por meio de processos otimizados, menor necessidade de intervenção humana e mais velocidade e precisão.
Planeje com antecedência todos os documentos necessários
A documentação para liberação alfandegária em operações multimodais é bastante complexa.
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O ideal é planejar com antecedência, em conjunto com os players envolvidos, todos os documentos necessários: Invoice, Packing List, certificados de origem e sanitários, conhecimentos de embarque e mais. Assim, evita-se correria e estresse para providenciar papéis em cima da hora. Além disso, checar duas vezes se está tudo certo ajuda a evitar dores de cabeça.
A importância do follow-up em uma operação multimodal
O follow-up frequente de toda a operação multimodal é fundamental para assegurar que tudo transcorra conforme o planejado.
Acompanhar o status de embarque, trânsito das cargas entre modais, liberação alfandegária e entrega ao cliente deve ser uma rotina diária. Isso permite identificar rapidamente qualquer imprevisto, atraso ou problema e agir prontamente para resolvê-lo, evitando prejuízos maiores.
Por fim, manter um canal aberto de comunicação com todos os players envolvidos é essencial para obter informações em tempo real e garantir sucesso na entrega ao destinatário final.
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