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Como a otimização de fluxos pode impulsionar sua Comercial Exportadora

A otimização de fluxos é fundamental para melhorar a eficiência, reduzir custos e, consequentemente, impulsionar os resultados de qualquer empresa. Em uma comercial exportadora, isso não é diferente.

Processos bem definidos e aprimorados podem significar maior competitividade no mercado internacional.

A seguir veremos como essa otimização de fluxos impacta em uma Comercial Exportadora.

O que é venda com fins específicos de exportação?

Inicialmente, o conceito de Empresa Comercial Exportadora (ECE) é aquele que possui um tratamento tributário na compra de mercadorias no mercado interno destinadas para exportação.

Uma venda com fins específicos de exportação, é uma exportação indireta. Na prática, trata-se de uma venda nacional de um produto ou matéria-prima que serão exportados por um terceiro.

Conforme a definição da Receita Federal, nesse tipo de operação, uma empresa brasileira (empresa A) vende produtos a outra empresa brasileira (empresa B), com fim específico de exportação. Sendo que, esta última tem o compromisso de exportar as mercadorias no prazo previsto na legislação.

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Essa transação é formalizada por meio de uma nota fiscal de saída interna, do tipo “remessa com fim específico de exportação”, emitida com um dos seguintes Códigos Fiscais de Operações e Prestações, mais conhecidos como CFOPs: 5501, 5502, 6501 e 6502, conforme cada caso.

Neste caso, a empresa “B” promove a exportação, pois é ela quem emite a nota fiscal de exportação, com o CFOP 7501, mas a maioria dos benefícios tributários ainda é da empresa “A”. Pela mesma razão, o estado onde se localiza a empresa “A” é considerado o estado exportador e igualmente tem direito aos benefícios relacionados à exportação indireta.

Tipos de exportação

Existem dois tipos de exportação:

  1. A exportação direta, na qual o próprio exportador realiza a operação. Geralmente utilizada pela indústria, que produz, vende ao cliente estrangeiro e comporta o próprio departamento de comércio exterior; e
  2. A exportação indireta, composta por uma cadeia que inclui uma empresa intermediária (ECE). Nessa modalidade, o exportador vende a mercadoria com a natureza de operação “remessa com fins específicos de exportação”, e a comercial exportadora realiza a exportação até o cliente estrangeiro, emitindo uma nota fiscal “com fins específicos de exportação”.

Vendas na modalidade indireta são formas que o governo encontrou para incentivar as exportações de produtos brasileiros. Afinal, operações desta natureza são isentas de IPI, PIS/PASEP, COFINS e ICMS, impactando diretamente no custo do produto, tornando-o mais competitivo no mercado global.

Por fim, independentemente do tipo de exportação definida, vale recordar que é obrigatório obter o Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR) para estar legalmente habilitado a operar no comércio internacional.

Exemplo prático de exportação indireta: Entenda os fluxos

Imagine uma pequena fábrica de calçados localizada no Brasil, conhecida por sua alta qualidade. A empresa, apesar de bem-sucedida no mercado interno, deseja expandir as vendas para a Europa. No entanto, enfrenta desafios como falta de crédito, desconhecimento sobre as regulamentações de importação no país-alvo e poucos contatos. Para superar esses obstáculos, a fábrica decide recorrer a uma trading company especializada.

A trading company, com sua vasta experiência no mercado externo, atua como intermediária entre a fábrica de calçados e os varejistas europeus. Ela assume a responsabilidade por todo o processo de exportação, incluindo negociação de preços, conformidade com as regulamentações na origem e destino, transporte e diversos outros serviços acordados. Em resumo, a trading compra os calçados brasileiros e os vende para a Europa, gerenciando a distribuição.

Esse é um exemplo prático no qual a exportação indireta otimiza o fluxo comercial e logístico: enquanto a fábrica se beneficia das isenções do tratamento tributário da exportação, da presença em novos mercados e ganha tempo para se dedicar à produção, a trading company, por sua vez, utiliza sua experiência e obtém lucro da margem sobre a venda dos produtos.

Como otimizar fluxos de uma Comercial Exportadora

Otimizar fluxos de uma Comercial Exportadora é um dos pilares principais, afinal, não é apenas por desconhecimento que o exportador ou produtor procuram uma ECE.

Vantagens como eficiência logística, poder de barganha, eficiência tributária, gestão de processos, financiamento e câmbio são outros serviços que podem ser acessados. Note que não é apenas uma intermediária, mas um braço de um exportador para participação no mercado global.

Por isso, dominar esses processos é o primeiro passo para obter melhores resultados.

Mapeie seus processos

Primeiramente, mapeie os processos internos, desde a aquisição do produto até a entrega ao cliente internacional. Essa é a maneira de identificar gargalos e ineficiências que podem prejudicar o desempenho da empresa.

Invista em análise de dados

Uma vez que os processos estejam claros e definidos, o diferencial é contar com a implementação de tecnologias de gestão ERP (Enterprise Resource Planning).

Pode parecer óbvio, mas pequenas exportadoras ainda utilizam planilhas de Excel para gestão de suas operações de exportação. Entretanto, com um Sistema de Comércio Exterior como nosso módulo de Analytics, ganha-se agilidade na análise e tomada de decisão.

A Gett é pioneira em análise de dados, clique aqui para saber mais e acompanhar seus fluxos em tempo real.

Estabeleça parcerias estratégicas

Construir um bom relacionamento com toda a cadeia de suprimentos – fornecedores, clientes, agentes de carga, despachantes, instituições financeiras e transportadoras – contribui ainda mais para a otimização dos fluxos.

parcerias estratégicas na cadeia de suprimentos

Do ponto de vista estratégico, parcerias podem abrir novos mercados e canais de distribuição, bem como ampliar o alcance da comercial exportadora. Além disso, a colaboração de empresas locais nos países de destino pode facilitar a navegação em ambientes regulatórios complexos e até melhorar a compreensão cultural.

Treine e capacite a sua equipe

Por fim, mas não menos importante, é crucial que a comercial exportadora invista em treinamentos e capacitação da equipe, especialmente em áreas de regulamentação aduaneira, logística internacional e idiomas.

O ambiente de comércio exterior é dinâmico; eventos ao redor do mundo impactam diretamente as atividades operacionais, como problemas geopolíticos, guerras, causas naturais e feriados inesperados no país de destino.

Por isso, a capacitação e atualização da equipe são necessárias, pois as legislações mudam todos os dias, e eventos como os citados podem acontecer a qualquer momento. No final do dia, o planejamento da operação demanda uma atenção maior, e com o treinamento e conhecimento adequados, o operador pode superar os obstáculos.

Conte com a Gett para otimizar os fluxos da sua Comercial Exportadora

Falando em parcerias, com a Gett, sua comercial exportadora pode se beneficiar de um sistema integrado e obter visibilidade em tempo real de todas as etapas da exportação.

Estabelecendo uma parceria com a Gett, o operador obtém um controle maior de suas operações, incluindo rastreamento de pedidos, emissão de documentação aduaneira, acompanhamento de remessas e, assim, proporcionando uma visão mais clara dos fluxos operacionais.

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Jonas Vieira

Jonas é graduado e pós-graduado em Comércio Exterior, atua desde 2007 com foco em importação na indústria e comércio, e desde 2018 produz conteúdo sobre a área. É apresentador do podcast Invoice Cast e Co-Fundador da Invoice Content, agência de marketing que atende unicamente empresas de comércio exterior.

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