As operações no comércio exterior são fonte inesgotável de estudo e compartilhamento de informações. Embora a Gett já tenha falado sobre as diferenças entre os processos de importação e exportação, é preciso explorar mais o tema.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, as negociações desses processos foram razoavelmente facilitadas por meio da criação de blocos econômicos como União Europeia, Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, Mercosul, entre outros.
Atualmente, com a globalização e a facilidade na comunicação, esses processos deixaram de ser atividades complicadas e transacionadas apenas por grandes empresas, para serem facilmente realizáveis, quase que em sua totalidade de modo virtual.
Nessa perspectiva, abordaremos neste texto mais algumas diferenças entre esses métodos. Continue a leitura!
Quais as diferenças entre importação e exportação?
Importação e exportação são atividades inerentes ao comércio internacional, mas com finalidades distintas. Importar significa trazer um bem do exterior para o país comprador e exportar – ao contrário – significa enviar um produto fabricado no país vendedor para o exterior. Com base nesses pressupostos, vejamos a seguir cada processo separadamente.
Importação
É o ato de transportar um bem, seja ele um material ou um serviço, do exterior para o próprio país. Perpassa por atividades comerciais, fiscais e regulamentações, desde a busca pelo produto ou serviço passando pela negociação e finalizando com a apresentação de todos os documentos sobre o produto, fabricante, tipo de transporte, comprador e recolhimento de todos os impostos.
Exportação
Trata-se de entregar um bem, seja um material ou um serviço, do país fabricante para o exterior. Da mesma forma, é condicionada por acordos comerciais, realizações fiscais e regulamentações.
Sendo assim, a busca por clientes internacionais em negociações e atendimento aos procedimentos de regulação se tornam rotina nesse processo.
Com isso em mente, resta esclarecer que as atividades de importação e exportação movimentam o importante indicador econômico que é a balança comercial. Sua atuação registra e analisa a união das contas das operações no país.
Quando o valor de exportações é maior do que o de importações o saldo é positivo, em contrapartida, quando o valor de importações é maior do que o de exportações o saldo é negativo.
No entanto, ainda é possível que ocorra um cenário de paridade, no qual os custos de ambos os processos são iguais, logo, o saldo é o equilíbrio.
Para a economia local, o interessante é que as exportações sejam um pouco maiores do que as importações, assim se garante para o país uma maior entrada de recursos do que de saída.
Em seguida veremos os tipos de importação e exportação mais comuns em uso atualmente. Vamos lá?
Quais são os tipos?
Existem algumas categorizações nas importações e exportações, portanto, vamos ver as mais comuns atualmente para cada operação.
Importação
- Direta: é o processo em que o comprador trata diretamente com o vendedor que está no exterior. Ele negocia todos os pontos do contrato e decide junto com o vendedor as responsabilidades, operações fiscais, modal de transporte e pagamentos;
- Por conta e ordem: ocorre quando a empresa compradora contrata uma empresa intermediária para atuar em seu nome e tratar de toda a operação, contudo, todos os custos são responsabilidade da empresa compradora;
- Por Encomenda: semelhante à anterior, acontece quando a empresa compradora contrata outra empresa intermediária, sendo que neste caso a contratada assume toda a gestão de operação e negociação. Atua também de forma independente no mercado internacional e adquire o que foi encomendado com recursos próprios. Então, quando finalizado o processo de nacionalização do produto, revende à empresa compradora.
Exportação
- Direta: é o processo em que o fabricante é responsável pela produção, venda e exportação. Ele honra todas as despesas de operações, embalagem, frete local, desembaraço, frete internacional, entre outros, com recursos próprios e assume todas as responsabilidades;
- Indireta: é o processo em que o fabricante vende nacionalmente seus produtos para outra empresa. Essa tratará de toda a operação e negociação de exportação, figurando o fabricante como vendedor local;
- Consórcios: ocorre quando, normalmente, pequenas e médias empresas do mesmo segmento produtivo ou complementares se associam para viabilizar a exportação de seus produtos com a finalidade de expansão internacional e redução dos custos aduaneiros, já que todas as despesas são rateadas entre as empresas participantes do consórcio. Isso possibilita o comércio exterior para empresas que sozinhas não conseguiriam aproveitar essa oportunidade.
NPE (Novo Processo de Exportação)
Parte do Programa Portal Único – nascido para otimizar as transações internacionais, além de aumentar o desempenho e a competitividade brasileira no exterior – o NPE permite a consolidação de todas as informações inerentes à exportação no mesmo lugar.
As Licenças, Permissões, Certificados e Outros Documentos (LPCO) e a Declaração Única de Exportação (DU-E), permitem a análise e liberação de documentos, como também, registro de declarações sobre uma exportação de forma paralela e independente.
Essas são grandes evoluções comparadas ao procedimento anterior, principalmente porque esse novo processo guarda relações de complementaridade e validação e evita redundâncias.
Além disso, há a vantagem de tratar tudo online. O NPE certamente é um grande avanço para a competitividade de produtos brasileiros no mercado internacional e um convite ao comércio exterior para empresas que ainda não possuem essa abrangência.
Vantagens e desvantagens
Novos negócios, redução da carga tributária, desenvolvimento da marca, presença global, aumento do portfólio, incremento de faturamento, possibilidades de ganhos com câmbio, entre outros. Várias são as vantagens de explorar o comércio internacional, isso sem considerar os ganhos intangíveis, como networking.
Todavia, há riscos que precisam estar claros antes da realização de um processo internacional de fato, como:
- economia e cultura local no país estrangeiro;
- greves e paralisações;
- feriados prolongados;
- risco de perda ou avaria da carga no transporte internacional;
- problemas de compliance; e
- erros de planejamento financeiro e operacional por falta de experiência ou orientações sobre o processo.
Veremos a seguir algumas sugestões para quem ainda não faz negócios internacionais, mas deseja se expor internacionalmente em breve.
Dicas para quem quer começar
Primeiramente é preciso saber que, mesmo com os recursos atuais, o comércio internacional é um tema sensível.
Planejamento e conhecimento são fundamentais para bons negócios, pois saber exatamente o que está vendendo ou comprando e quem é a parte no exterior com quem irá se relacionar é o mínimo, mesmo antes de entender sobre importação e exportação.
Dessa maneira, trouxemos algumas dicas que podem trazer assertividade nas negociações e operações:
Certificar-se sobre a regularização da empresa
Ter a certeza de que está se expondo com empresas idôneas e financeiramente saudáveis é primordial, afinal, firmar acordos com quem não tem condições de fornecer é um risco grande e desnecessário considerando a vasta oferta global.
Classificar corretamente as mercadorias
Alocar o que se está tratando em uma classificação fiscal equivocada, seja em NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) ou HS Code (Sistema Harmonizado), pode inviabilizar a operação e frustrar os negócios internacionais.
É super importante ter total certeza de que o objeto da comercialização está corretamente classificado para não sofrer com tributação excessiva, restrições, gastos adicionais e até multas, assim como com atrasos na entrega.
Criar planilhas detalhadas
“Quem não controla, não gerencia”, diria o estatístico William Edwards Deming. De fato, não ter um controle detalhado de todos os custos é estar fadado ao fracasso da operação no longo prazo.
Além de controlar todos os custos (e não apenas parte deles), é igualmente relevante mantê-los sempre atualizados para poder tomar decisões corretas nos momentos certos.
Contar com a ajuda de especialistas
Certamente algo crucial para a internacionalização tanto quanto para a manutenção dos processos internacionais. Profissionais com experiência, conhecimento e domínio na área identificam e mitigam riscos de forma eficaz, bem como buscam caminhos para maximizar oportunidades de médio e longo prazo. E esse suporte faz toda a diferença para o negócio.
Conte com a Gett nas suas operações de importação e exportação
Antes de tudo, a Gett é especialista em comércio exterior e tem soluções em sistemas ERP na nuvem, seguros e adaptáveis para todos os operadores no Comex.
Conheça essas soluções e agende uma demonstração agora mesmo para entender como controle e bons processos farão uma grande diferença em suas transações internacionais.