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ICMS ST na distribuição de importados: Tudo o que você precisa saber 

O ICMS ST na importação, certamente, é um tema que gera bastante discussão e, muitas vezes, confusão entre analistas e importadores.  

Neste intricado labirinto tributário, encontram-se diversas questões complexas, como a incidência de impostos, isenções, alíquotas variáveis e cálculos complexos. Sem dúvida, é um desafio para muitos, seja você um analista experiente ou um empresário preocupado com a importação de mercadorias. 

Mas não se preocupe! Aqui, nosso objetivo é desvendar essa charada e fornecer uma visão clara para desmistificar o assunto. Neste artigo, veremos que a tributação, apesar de suas nuances e complexidades, pode ser compreendida e gerida com a orientação correta e informações precisas. 

Trataremos da Substituição Tributária (ST), dos desafios enfrentados pelos importadores e de como a Gett pode ser a solução tecnológica para facilitar sua contabilidade na importação. Se você ficar conosco até o final desse texto, verá quais são os principais desafios na gestão do ICMS ST na importação e como superá-los, quando a Substituição Tributária se aplica e como a tecnologia pode ser uma aliada nesse processo.  

Portanto, prepare-se para navegar nesse mar de tributos e entender melhor o ICMS ST (Substituição Tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na importação. Juntos desvendaremos esse quebra-cabeça! Vamos lá?  

Como funciona a incidência de ICMS ST na importação?  

Vamos iniciar nossa jornada desvendando o funcionamento do ICMS ST na importação. Grosso modo, o ICMS Substituição Tributária é uma forma de recolhimento que acontece na importação de mercadorias, com o propósito de facilitar o processo de fiscalização e recolhimento desse imposto. 

ICMS ST na importação

Vamos considerar uma analogia para tornar o conceito mais claro. Imagine que o ICMS ST é como a cobertura de um bolo, ou seja, é uma camada que é acrescentada depois que o bolo (a mercadoria importada) já está pronto. A natureza desse bolo, ou melhor, do produto importado, vai determinar que tipo de cobertura será usada – esse é o papel das alíquotas variáveis. Alguns bolos podem até não precisar de cobertura, esses seriam os casos em que ocorre isenção do ICMS ST. 

Agora, consideremos os convidados da festa – os estados de destino. Assim como os convidados têm diferentes preferências e restrições alimentares, os estados têm diferentes legislações e regulamentações fiscais. Essa variação determina como e quando o ICMS ST incide, gerando diferentes alíquotas para diferentes estados. 

Além disso, o valor do ICMS ST é determinado com base no preço final que a mercadoria objeto da importação terá quando vendida ao consumidor. Esse valor, portanto, é antecipado na cadeia de vendas e é cobrado do importador ou distribuidor. 

Por fim, é importante notar que o regime de Substituição Tributária de ICMS na importação visa simplificar o processo de cobrança e garantir que o imposto seja pago corretamente. Entender esse conceito é essencial para qualquer pessoa ou empresa que esteja envolvida na importação de mercadorias.  

Entenda sobre o cálculo do ICMS  

O cálculo do ICMS, assim como a receita de um bolo, exige a combinação certa de ingredientes. E os ingredientes, neste caso, são a base de cálculo, a alíquota interna do estado de destino e a alíquota interestadual. Vamos destrinchar cada um desses elementos para entender melhor essa receita. 

A base de cálculo é o valor sobre o qual o imposto será aplicado. Na maioria dos casos, ela corresponde ao valor da operação, ou seja, o preço da mercadoria ou serviço. 

A alíquota interna é o percentual que cada estado estabelece para a aplicação do ICMS. Cada estado tem autonomia para definir suas próprias alíquotas, o que significa que elas podem variar de acordo com o destino da mercadoria. E, assim como a festa da nossa analogia na qual os convidados têm preferências diferentes, cada estado pode escolher a “cobertura do bolo” que melhor atenda às suas necessidades fiscais. 

A alíquota interestadual, por sua vez, é utilizada nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidores localizados em outros estados. Essas alíquotas são fixadas pelo Senado Federal e servem para equilibrar a partilha do ICMS entre os estados. 

Agora, você deve estar se perguntando como todos esses ingredientes se juntam para formar o bolo – ou melhor, o cálculo do ICMS. A fórmula para o cálculo do ICMS na operação própria do remetente é:  

ICMS Próprio = (Base de Cálculo x Alíquota Interna) – ICMS já recolhido anteriormente  

No caso da Substituição Tributária, o cálculo é:  

ICMS ST na importação = (Base de Cálculo x Alíquota interna) – ICMS próprio  

Como cada estado tem a sua própria legislação, é muito importante entender como essas regras se aplicam na prática e buscar apoio profissional quando necessário. 

Para uma explicação mais detalhada sobre o cálculo do ICMS, recomendamos este artigo: ICMS na Importação.  

O que é a Substituição Tributária?  

Se continuarmos com a analogia do bolo, podemos pensar na Substituição Tributária como uma situação em que um dos convidados da festa é escolhido para comprar todos os ingredientes e assar o bolo, adiantando os custos e o trabalho para os demais. Ele é reembolsado posteriormente, mas assume o ônus inicial. Na esfera fiscal, essa pessoa seria o contribuinte substituto. 

Na prática, a Substituição Tributária é um regime de tributação que transfere a responsabilidade do recolhimento do ICMS para o contribuinte substituto. Esse contribuinte, que normalmente é o fabricante ou o importador, é responsável por recolher antecipadamente o ICMS devido nas operações subsequentes, ou seja, nas operações que irão ocorrer após a sua, até que a mercadoria chegue ao consumidor final. Por isso esse é o regime conhecido como ICMS ST na importação. 

importador

O principal objetivo desse sistema é simplificar o processo de arrecadação dos impostos e evitar a evasão fiscal. Ao invés de cada participante da cadeia de distribuição calcular e pagar o ICMS, o imposto é recolhido antecipadamente, dessa forma, facilitando o controle e a fiscalização. 

A aplicação da Substituição Tributária depende de acordos entre os estados e a natureza dos produtos. Alguns produtos são mais comumente sujeitos a esse regime, como combustíveis, bebidas, tabacos e veículos novos. 

Desafios encontrados pelos importadores com a Substituição Tributária 

Como toda boa festa, a Substituição Tributária também tem seus desafios. Ela exige uma boa gestão fiscal por parte do contribuinte substituto, que precisa estar atento às mudanças na legislação e às especificidades de cada estado. 

Em suma, a Substituição Tributária é um mecanismo criado para facilitar a arrecadação do ICMS, mas que exige dos contribuintes uma atenção constante às suas obrigações fiscais. Vamos agora conhecer os principais desafios que os importadores encaram. 

Fluxo de caixa  

Gerir o fluxo de caixa com a Substituição Tributária pode ser comparado a jogar Tetris, que você precisa encaixar as peças (ou, neste caso, os pagamentos) nos locais certos para evitar um “game over”.   

Isso porque o pagamento antecipado do ICMS ST na importação pode representar uma saída considerável de recursos do caixa da empresa, que precisará ser planejado com cuidado para não comprometer o equilíbrio financeiro do negócio.  

Assim como no jogo, a falta de planejamento pode causar um acúmulo de problemas que levam à derrota – ou, no caso da empresa, a problemas financeiros sérios.  

Falta de compreensão contábil  

A falta de compreensão contábil é como tentar montar um móvel sem as instruções. Sem o devido conhecimento, fica difícil saber onde cada peça se encaixa!  

Nesse sentido, a Substituição Tributária exige um entendimento claro sobre como os impostos são calculados e quando devem ser pagos.  

Uma falha na compreensão desses aspectos pode levar a erros no cálculo do imposto, resultando em multas e penalidades.  

Complexidade da legislação  

A complexidade da legislação tributária brasileira pode ser comparada a um labirinto sem fim, onde você está sempre se deparando com becos sem saída. Cada estado tem a sua própria regulamentação sobre o ICMS ST, o que pode gerar muita confusão e insegurança na importação.  

Além disso, a legislação está em constante mudança, exigindo atualização constante para garantir que a empresa esteja em conformidade com as regras vigentes. Nesse labirinto, a falta de um mapa claro pode levar a erros caros. 

A Gett facilita sua contabilidade para controle do ICMS ST na importação  

A Gett é uma especialista em tecnologia para comércio exterior, oferecendo soluções para importadores, exportadores e distribuidores de importados. Seu software ERP em nuvem torna os processos de comércio exterior mais inteligentes, ágeis e seguros, eliminando esforços desnecessários e automatizando trabalhos repetitivos​. 

Com uma filosofia de “Life-Changing Tech”, usa a transformação digital para desenvolver softwares que mudam a vida dos clientes. Valoriza a agilidade e a eficiência operacional, e compreende suas necessidades únicas, adaptando-se para oferecer soluções eficazes​​.  

Na gestão do ICMS ST na importação, a Gett simplifica a contabilidade, permitindo que os clientes se concentrem em outros aspectos de seus negócios. Além disso, busca ajudar as empresas e as pessoas a crescerem através da tecnologia, reafirmando seu compromisso com os clientes​.  

A Gett é uma aliada poderosa no comércio exterior, utilizando a tecnologia para facilitar a contabilidade e potencializar as empresas.  

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Jonas Vieira

Jonas é graduado e pós-graduado em Comércio Exterior, atua desde 2007 com foco em importação na indústria e comércio, e desde 2018 produz conteúdo sobre a área. É apresentador do podcast Invoice Cast e Co-Fundador da Invoice Content, agência de marketing que atende unicamente empresas de comércio exterior.

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