O impacto das políticas de Donald Trump tem gerado transformações significativas no comércio exterior, especialmente para países como o Brasil. Por meio de medidas econômicas e políticas focadas em protecionismo e mudanças nos acordos comerciais, o Brasil tem vivenciado as mudanças no setor de importações.
Diante disso, entender esses impactos é crucial para a adaptação e maximização das oportunidades de negócio, evitando custos inesperados e prejuízos financeiros.
Neste artigo, vamos ressaltar como as políticas de Trump impactam diretamente as importações brasileiras, trazendo desafios e oportunidades para as empresas que operam no mercado global.
Sumário:
Impactos de Donald Trump nas importações brasileiras
Mudanças nas importações brasileiras durante o governo Trump
● A guerra comercial com a China e seus reflexos nas importações brasileiras
● O protecionismo e suas consequências para as importações brasileiras
● Impactos das alterações nas tarifas e acordos comerciais
● Impacto na competitividade dos produtos importados no Brasil
Como os importadores brasileiros podem se adaptar ao cenário criado por Trump?
● Focar em alternativas e diversificação de fornecedores
● Adoção de ferramentas de gestão de importação
● Acompanhamento da política comercial internacional
Como a Tecnologia Pode Ajudar na Adaptação às Mudanças no Comércio Exterior?
Mudanças nas importações brasileiras durante o governo Trump
Com a chegada de Donald Trump à presidência dos EUA, diversas medidas foram implementadas que influenciaram diretamente o mercado internacional. Entre elas, destaca-se a guerra comercial com a China, a revisão dos acordos comerciais e o foco em políticas protecionistas.
Todos esses pontos tiveram um impacto considerável nas importações brasileiras, criando um ambiente de incerteza, mas também de oportunidades para as empresas que souberam se adaptar a essa nova realidade.
Segundo um estudo da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o protecionismo de Trump afetou as importações globais, com um aumento médio de 15% nos custos de importação de diversos produtos devido à imposição de tarifas.
● A guerra comercial com a China e seus reflexos nas importações brasileiras
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China foi um dos marcos do governo Trump e teve implicações globais. Com a nova imposição de tarifas e as barreiras comerciais estabelecidas pela administração de Trump, isso afetou diretamente a dinâmica do comércio internacional.
O Brasil, por exemplo, como um grande parceiro comercial da China, se viu em uma posição estratégica. Enquanto buscava intensificar suas exportações de commodities para a China, muitos países ao redor do mundo enfrentaram dificuldades em acessar o mercado chinês devido à retaliação tarifária dos EUA.
Em 2024, por exemplo, o Brasil teve um aumento de 11% nas exportações para a China, que totalizaram aproximadamente US$43 bilhões, enquanto as exportações dos Estados Unidos para a China caíram 20% devido à imposição de tarifas adicionais, o que beneficiou o Brasil.
Para Brueckner (2023), a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China criou um cenário de distorções no comércio internacional, mas também ofereceu uma oportunidade para o Brasil diversificar suas exportações, especialmente para o mercado chinês.
Com base nisso, o impacto foi duplo: aumento da demanda por produtos chineses e uma redução na competitividade dos produtos dos Estados Unidos, com tarifas elevadas.
● O protecionismo e suas consequências para as importações brasileiras
A política protecionista de Donald Trump teve um efeito direto sobre as importações brasileiras, principalmente nas tarifas aplicadas a diversos produtos. O aumento das tarifas de importação nos EUA, que se estendeu a muitos países, fez com que empresas brasileiras tivessem que reconsiderar suas estratégias de importação.
Produtos essenciais, como tecnologia, automóveis e peças industriais, passaram a ter um custo elevado, afetando o preço final de diversos produtos importados no Brasil.
As tarifas sobre produtos como aço e alumínio, que antes eram de 10%, subiram para 25%, impactando o custo de importação do Brasil, que experimentou um aumento de 12% nos preços desses produtos. A indústria de automóveis também enfrentou uma alta de 15% nos custos de importação, afetando o mercado interno (CONAB, 2025).
O protecionismo exacerbou as pressões inflacionárias e reduziu a competitividade dos produtos importados, exigindo que as empresas se adaptassem rapidamente a um mercado global mais restritivo (RICARDO, 2024).
Essa realidade foi um desafio para muitas empresas importadoras, que precisaram revisar seus fornecedores e buscar outras alternativas no mercado global, enquanto tentavam evitar custos elevados que afetariam a competitividade de suas ofertas no Brasil.
● Impactos das alterações nas tarifas e acordos comerciais
Uma das primeiras ações de Trump foi revisar acordos comerciais bilaterais, como o NAFTA (acordo entre EUA, Canadá e México) e outros tratados com países ao redor do mundo. A reestruturação desses acordos teve impactos significativos nas cadeias de fornecimento globais, incluindo as importações brasileiras.
Com mudanças nas tarifas e regulamentações, as empresas brasileiras tiveram que se ajustar, buscando alternativas de fornecedores ou mudando seus processos logísticos para mitigar os custos adicionais.
O Brasil, sendo um importante exportador de commodities e importador de produtos manufaturados, precisou encontrar um equilíbrio entre o aumento dos custos e a continuidade do crescimento de suas importações.
De acordo com Krugman e Obstfeld (2023), alterações nos acordos comerciais tendem a provocar distúrbios nas cadeias produtivas e exigem respostas rápidas dos agentes econômicos, principalmente em países em desenvolvimento que são mais sensíveis às variações nos fluxos globais de comércio.
● Impacto na competitividade dos produtos importados no Brasil
A política de Trump teve uma repercussão direta sobre a competitividade dos produtos importados no Brasil, pois, com as tarifas elevadas, muitos importadores brasileiros passaram a buscar fornecedores alternativos em outros países, como a Europa ou mesmo outros mercados emergentes.
Isso gerou uma diversificação das fontes de importação, gerando um aumento nos custos logísticos e de negociação.
Baldwin (2019) ressalta que os efeitos das políticas protecionistas tendem a se propagar para além dos países diretamente envolvidos, criando obstáculos à competitividade de terceiros países, que precisam reconfigurar suas redes de fornecimento e reformular estratégias de importação para preservar margens e acesso ao mercado.
Esse movimento trouxe à tona a necessidade de uma maior eficiência no processo de importação e a utilização de ferramentas e softwares que pudessem auxiliar na gestão e controle dos processos, principalmente para reduzir o impacto de custos inesperados e aumentar sua previsibilidade.
Como os importadores brasileiros podem se adaptar ao cenário criado por Trump?
Para o Brasil continuar sendo competitivo no mercado internacional, é essencial que os importadores se adaptem rapidamente às mudanças econômicas e políticas, buscando otimizar seus processos e reduzindo custos operacionais.
● Focar em alternativas e diversificação de fornecedores
Diante do aumento das tarifas e barreiras comerciais, muitos importadores brasileiros começaram a buscar alternativas em mercados europeus e asiáticos. Isso ajudou a reduzir a dependência dos produtos americanos, além de criar uma rede de fornecedores mais ampla, garantindo competitividade nos preços e maior segurança no fornecimento.
Gereffi (2018) ainda salienta que a diversificação de fornecedores é uma resposta estratégica à fragmentação das cadeias de valor globais, pois reduz vulnerabilidades associadas à concentração geográfica da produção e aumenta a resiliência das operações comerciais.
De acordo com a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), as exportações brasileiras devem crescer 5,7% em 2025, impulsionadas por uma maior diversificação de mercados e produtos, o que reflete a busca por novos parceiros comerciais diante das mudanças no cenário internacional.
● Adoção de ferramentas de gestão de importação
A utilização de ferramentas na gestão de importação e softwares de planejamento logístico tem sido essencial para os importadores brasileiros que buscam uma maior eficiência nas suas operações.
Para Mentzer e Moon (2004), o uso de tecnologia aplicada à cadeia de suprimentos é um diferencial competitivo essencial, pois proporciona maior previsibilidade, agilidade nas tomadas de decisão e redução de falhas operacionais que comprometem a eficiência da importação.
Essas soluções permitem a integração das etapas do processo, o monitoramento em tempo real e o controle das variáveis envolvidas, como custos e prazos de entrega.
Assim, no contexto das importações brasileiras, a adoção de plataformas de software focadas em Comércio Exterior, como o da Gett Tecnologia, tem ajudado empresas a manter o controle sobre suas operações, reduzindo erros e melhorando sua competitividade.
● Acompanhamento da política comercial internacional
Estar sempre atualizado sobre as mudanças nas políticas comerciais, especialmente as que envolvem os Estados Unidos e a China, é um passo fundamental para quem deseja se manter competitivo. Por isso, os importadores precisam estar atentos aos acordos bilaterais, às tarifas e às possíveis sanções que possam afetar diretamente suas operações.
Autores como Bowersox, Closs e Cooper (2014) ressaltam que a tecnologia da informação é fundamental para a competitividade nas cadeias logísticas globais, permitindo fluxo contínuo de dados, rastreabilidade e rápida adaptação a mudanças no ambiente externo. Empresas que investem em soluções tecnológicas conseguem responder mais rapidamente a oscilações do mercado e imposições tarifárias, além de melhorar o desempenho financeiro por meio da previsibilidade e controle.
Como a Tecnologia Pode Ajudar na Adaptação às Mudanças no Comércio Exterior?
Com o impacto das políticas de Donald Trump, a busca por soluções tecnológicas para otimizar o processo de importação e exportação se tornou mais urgente.
Ferramentas que integram logística, compliance, gestão de documentos e processos aduaneiros são essenciais para garantir que as empresas estejam sempre em conformidade e que os custos sejam mantidos sob controle.
A Gett Tecnologia, por exemplo, oferece soluções SaaS que automatizam e simplificam a gestão das importações brasileiras, garantindo a integridade dos processos e a previsibilidade dos custos. Com nossa plataforma, você pode otimizar seu tempo, reduzir custos inesperados e melhorar a competitividade das suas operações.
Conheça o nosso módulo Controle de Importação, um sistema que centraliza e automatiza todas as etapas do processo de importação — desde o contrato de câmbio até o desembaraço aduaneiro. Com ele, importadoras, comerciais importadoras e trading companies têm mais controle, visibilidade e agilidade nas suas operações.

Controle das faturas comerciais
Leia também: Como o software da Gett potencializa sua importadora?
Conclusão
Vimos que o impacto de Donald Trump nas importações brasileiras foi intenso. A guerra comercial com a China, as políticas protecionistas e a revisão de acordos comerciais afetaram a dinâmica do comércio exterior e criaram desafios para importadores brasileiros.
No entanto, ao adotar estratégias de diversificação de fornecedores, investir em ferramentas de gestão e se manter atualizado sobre as políticas internacionais, as empresas brasileiras podem se adaptar a este novo cenário e até mesmo aproveitar as oportunidades criadas por essas mudanças.
Por isso, para otimizar seus processos de importação e garantir que sua empresa se mantenha competitiva no mercado global, conte com a Gett Tecnologia para gerenciar suas operações de maneira eficiente e estratégica.
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Referências
AEB – ASSOCIAÇÃO DE COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL. Exportações brasileiras devem crescer 5,7% em 2025. 17 dez. 2024. Disponível em: https://www.aeb.org.br/aeb-na-imprensa/2024/12/exportacoes-brasileiras-devem-crescer57-em-2025/. Acesso em: 04 maio 2025.
BALDWIN, Richard. The Globotics Upheaval: Globalization, Robotics, and the Future of Work. Oxford: Oxford University Press, 2019.
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby. Gestão da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.
BRUECKNER, Kurt W. Comércio Internacional: Teorias e Realidade. São Paulo: Editora Campus, 2023.
CONAB. Impactos das tarifas de importação sobre o comércio exterior brasileiro. Disponível em: https://www.conab.gov.br/. Acesso em: 25 abr. 2025.
GEREFFI, Gary. Global Value Chains and Development. Cambridge: Cambridge University Press, 2018.
KRUGMAN, Paul; OBSTFELD, Maurice. Economia internacional: teoria e política. 11. ed. São Paulo: Pearson, 2023.
MENTZER, John T.; MOON, Mark A. Understanding Demand. Boston: Harvard Business School Press, 2004.
ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – OCDE. Impacto das políticas protecionistas de Trump no comércio global. 2020. Disponível em: https://www.oecd.org. Acesso em: 4 maio 2025.
RICARDO, David. Princípios de Economia Política e Tributação. São Paulo: Editora Atlas, 2