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Futuro Híbrido entre Máquinas e Humanos: como será?

Ultimamente, fala-se muito sobre um futuro híbrido, quando máquinas e humanos serão integrados em busca de ainda mais unificação ou cooperação tecnológica. Grandes cientistas fazem diversas previsões sobre como isso ocorrerá, muitas vezes não passando de um mero desejo, outras vezes já com pesquisas científicas em desenvolvimento.

A verdade é que, amiúde, se há previsões, é porque esse assunto já vem há muitos anos na pauta de grandes mentes e, aos poucos, vão sendo revelados estudos científicos, aos quais já foi empenhado tempo, recursos e pesquisas suficientes.

Este artigo abordará algumas mentes brilhantes que iniciaram sua premonição há tempos atrás, abordará alguns fatos que já estão em andamento e situações que ocorrerão em um futuro próximo. Será que adianta resistir ao futuro híbrido? Boa leitura!

Quem está falando sobre o futuro híbrido entre máquinas e humanos?

1)  Ray Kurzweil

Ray Kurzweil é escritor, fundador da Singularity University, e atualmente diretor de engenharia do Google.  Conforme a CNN BUSINESS, em 2015, Kurzweil participou do evento chamado Exponential Finance em Nova York, onde declarou que até as décadas de 2030 e 2040 os humanos serão híbridos biológicos, ou seja, o humano poderá fazer um back-up das informações do cérebro ao conectar-se diretamente à nuvem para aumentar sua capacidade de raciocínio.

2)  Ian Pearson

Ian Pearson é um versátil futurologista e escritor que é dono de muitas invenções. Pearson, em 2016, afirmou que por volta de 2050 o homem se tornará híbrido. Durante entrevista ao The Sun (2018), Ian Pearson alegou que as pessoas poderão se tornar imortais por meio da engenharia genética, pois esta ciência terá capacidade de reverter ou reduzir o envelhecimento das células humanas. Veja abaixo como isso é possível:

  • Engenharia genética: é a criação de tecidos e órgãos humanos em laboratório. Isto já não é mais algo do futuro, os cientistas conseguiram, de fato, evoluir a este respeito. Em 1900, Leo Loeb já havia sugerido que as células pudessem crescer fora do corpo humano. Em seguida, vários estudos foram iniciados com esse desafio em mente. Assim, essa criação abre a possibilidade de reverter o envelhecimento humano (que é precisamente uma das pautas desses estudos) e fazer com que uma pessoa de 95 anos tenha um corpo de 30. Possíveis complicações ainda não foram divulgadas, logo, será preciso aguardar a evolução dos novos estudos.
  • Androides: Assim como propõe Kurzweil, o download de pensamentos poderá ser realizado através de androides que ligarão a mente humana a uma máquina, permitindo que o ser humano passe a viver na nuvem. Também há discussões acerca da possibilidade de que a consciência se torne imortal, no caso de ser mantida em um mundo criado pela tecnologia.

Pearson descreve, ainda, outras previsões para 2050:

  • Mobilidade urbana: conforme o futurologista, os carros do futuro serão compostos de cápsulas de fibra de vidro e deslocados através de campos magnéticos controlados por esteiras na superfície. Assim, se tornarão mais baratos devido a novos materiais eventualmente disponíveis dentro de 5 à 10 anos – e é provável que em 20 anos dominem o mercado. Estes carros/cápsulas não precisarão de motor, rodas e nem de inteligência artificial para serem dirigidos. Ou seja, prescindiríamos da indústria automotiva.

 

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3)  Michael Bess

Bess é professor de História, de Comunicação de Ciência e Tecnologia e professor de Estudos Europeus na Vanderbilt University. Ele afirma que o melhoramento biológico atuará de três formas distintas, nos campos da farmacêutica, dos gadgets/implantes/próteses e da intervenção genética, explicados a seguir.

  • Indústria farmacêutica: dedica seus esforços a criar substâncias capazes de impulsionar o desempenho físico e mental, bem como a tornar-se eficazes no controle do humor;
  • Gadgets/Implantes/Próteses: Abrange equipamentos, dispositivos e chips que são implantados no ser humano, entre outros;
  • Intervenção Genética: A manipulação do DNA é um campo bastante polêmico, pois permite que os humanos cuidem de sua própria evolução.

4)  Kevin Warwick

O cientista inglês, Kevin Warwick, nascido em 1954, é professor universitário de Cibernética na Universidade de Reading. Em 1998, Warwick já implantava chips pelo corpo humano para enviar sinais que ligavam luzes, abriam portas, e mais tarde, conseguiam conexão com a internet. Em 2002 o cientista implantou um chip em seu braço com o objetivo de receber e transmitir sinais elétricos.

ciborgue

Já em junho de 2016, Warwick usou um boné de beisebol, que estava conectado a seu sistema nervoso, obtendo a capacidade de ter o mesmo sexto sentido possuído por morcegos: Ele recebia impulsos elétricos de um computador e conseguia desviar de objetos caminhando em um ambiente totalmente escuro.

Ademais, o cientista ressalta que a ideia é fazer implantes no cérebro em um prazo de 10 e 15 anos para que as pessoas possam se comunicar através de movimentos e sensações sem utilizar uma única palavra.

E, sobre congelar o corpo humano para preservação, isso é realidade ou futuro?

Sim, isso é totalmente realidade! Visto que as máquinas estão evoluindo, os humanos também estão conseguindo evoluir.  Através da “cryogenic preservation”, ou preservação criogênica, é possível manter os corpos intactos pós-morte, desde que você tenha dinheiro suficiente para pagar tal procedimento. Existem empresas que já realizam esse serviço, como a Alcor Life Extension Foundation e a Cryonics Institute, que trabalham para avançar nessa evolução.

Em 1967, o doutor James Bedford foi a primeira pessoa a ser congelada por criogenia; já na atualidade, Paris Hilton e Britney Spears também querem seus corpos preservados para quem sabe, um dia, voltar a vida.

  • Alcor Life Extension Foundation: a empresa explica que a preservação criogênica é uma prática para pausar o processo de morte, utilizando temperaturas abaixo de zero com a intenção de restaurar a vida mediante futuras tecnologias. Conforme essa fundação, a vida pode ser pausada ou iniciada, desde que determinada estrutura básica for preservada. Um bom exemplo disso são os embriões humanos. Em sua página web, a empresa explica em detalhes todo o procedimento;
  • Cryonics Institute: além de trabalhar com corpos humanos, esta empresa também aceita animais de estimação, podendo possibilitar a preservação dos corpos de nossos queridos pets por um longo período.

E se os androides já estiverem entre nós? Já estamos na era híbrida entre máquinas e humanos?

Será que a mente das pessoas já pode passar por um “upload” na internet? Esta possibilidade pode até ser vislumbrada na atualidade, por haver um grande poder computacional no mundo que viabiliza a clonagem de seres humanos, mas não há certeza de que isso chegue realmente a acontecer. Provavelmente ainda sejam precisos certos refinamentos para abranger as variações do comportamento humano. Assim, cérebros voltarem a vida pode ser aceitável desde que estejam intactos.

A Google Deep Mind e a IBM Watson demonstram o grande interesse em relação à inteligência artificial no setor da saúde. Por mais que ainda não tenha sido divulgado o foco de suas pesquisas, sabe-se que é algo envolvendo a prolongação da vida humana.

Conforme a publicação do Annual Review of Chemical and Biomolecular Engineering (ARCBE), descobriu-se que a impressão em 3D já está sendo usada para replicar órgãos humanos, e ainda acrescenta que o coração é um dos órgãos mais fáceis de ser reproduzido.

E se tivermos diferentes habilidades no futuro, como seria?

Parte do trabalho de biohackers está voltada para o uso de tecnologia, a fim de que os humanos tenham novas habilidades intelectuais, psicológicas e físicas. Verificou-se, por meio de estudos acadêmicos, que pequenos choques elétricos no cérebro podem aumentar o poder de concentração e, também, de inteligência.

Implantes cerebrais, como o BrainGate, que já estão em testes, podem transformar sinais nervosos em ondas de rádio que serão capazes de movimentar objetos. Há a possibilidade de que microchips devolvam a visão a deficientes visuais, porém com o empecilho de que ainda há imprecisão na resolução das imagens geradas. Da mesma forma, chips instalados nas mãos utilizarão tecnologias para abrir portas, por exemplo, ou até mesmo servir como cartão de crédito ou como crachá.

 

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Outra tendência voltada ao âmbito da saúde, seria a dos curativos que detectam inflamações e são capazes de administrar medicamentos automaticamente, emitindo, ainda, alertas quando for necessário. Este curativo está sendo estudado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Cientistas de vários países, coordenados por Miguel Nicolelis, estudam a ideia do exoesqueleto. Este seria uma veste robótica controlada pelo cérebro humano capaz de ler sinais elétricos que são transmitidos pelo corpo e potencializá-los.

colaboração híbrida entre humanos e máquinas

Observando todos esses movimentos da ciência, fica fácil questionar: será que já estamos na era da colaboração híbrida entre humanos e máquinas? Quem sabe já tenhamos seres com “superpoderes” entre nós utilizando as tecnologias acima mencionadas. Será que no futuro realmente nos tornaremos imortais ou superpoderosos? Bem, para termos respostas a estas e outras perguntas, só nos resta aguardar!

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Kauana Pacheco

Kauana é formada em Negócios Internacionais e é especialista em Big Data & Market Intelligence. Kauana é a fundadora da ComexLand, onde atua como especialista em marketing focado para empresas do Comércio Exterior e Logística Internacional.

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