Importar pode ser uma tarefa desafiadora, principalmente diante dos inúmeros detalhes e custos que envolvem uma operação de importação.
Em nosso país temos uma legislação complexa e um controle rígido da Receita Federal do Brasil (RFB), que exige o registro de todas as operações de importação em seu Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
Nesse cenário, o planejamento e a análise dos custos de importação são passos essenciais para se ter um bom fluxo de importação. Assim é possível evitar surpresas como bloqueios, multas e outros custos que podem extrapolar o orçamento do processo. Continue a leitura!
Quais são os principais custos de importação?
Entender e conhecer os principais custos de importação proporciona à empresa uma melhor gestão do seu fluxo de caixa, pois por meio de um planejamento eficaz, o setor financeiro não precisará disponibilizar mais recursos do que o esperado.
Os recursos exigidos para uma importação podem ser divididos entre custos nacionais e internacionais. Veremos o que cada um deles engloba em seguida.
Nacionais
Aqui podem ser categorizados os impostos, taxas portuárias, custos de armazenagem, transporte do porto até a planta, bem como outros custos necessários para concluir a nacionalização da mercadoria. Também envolvem o pagamento da taxa de utilização do Siscomex e o serviço do Despachante Aduaneiro, além de possíveis inspeções ou imprevistos.
Impostos
São tributos pagos à Federação e/ou aos estados, calculados por meio de uma alíquota definida pela classificação fiscal da mercadoria, que será detalhada mais adiante. Os principais impostos são:
- Imposto de Importação (II);
- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
- Programa de Integração Social (PIS);
- Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Taxas Portuárias e Aeroportuárias
As mercadorias importadas chegam ao país por meio de portos e aeroportos que cobram taxas de movimentação e manuseio da carga. Esses valores podem variar de acordo com o terminal, portanto, vale analisar a melhor opção para o tipo de carga e para o seu negócio.
Armazenagem
Assim como as taxas portuárias, esses custos de importação podem variar conforme a quantidade, valor e volume da carga que se pretende armazenar.
Quase sempre são calculadas e cobradas por períodos.
Transporte Nacional
Como o nome sugere, é o custo de transportar a carga do local de armazenagem até o local de entrega.
Nesse custo podem ser incluídos, além do frete, os valores gastos com escolta, serviço de ajudante para a carga e descarga e o Gerenciamento de Risco (GRIS).
Custos Operacionais
Como mencionado anteriormente, há outros custos burocráticos que são necessários para a conclusão do Desembaraço Aduaneiro.
Há situações na importação em que, por exemplo, se pode ter custos com posicionamento da carga para uma inspeção exigida por um órgão anuente. Em um cenário mais crítico pode haver a solicitação de adequação e pagamento de multas que podem acarretar custos extras.
Internacionais
Por outro lado, nos custos internacionais temos o transporte marítimo ou aéreo, as transações cambiais e o seguro de transporte.
Ainda assim podem ocorrer outros custos relacionados ao embarque, como o handling, que se refere à movimentação da carga no exterior. No entanto, a responsabilidade pelo pagamento desse tipo de taxa no exterior é definida pelos INCOTERMS (International Commercial Terms).
Transporte Internacional
Como elo fundamental do Comércio Exterior, o transporte, seja ele marítimo ou aéreo, conta com uma quantidade de players limitada, que praticam os preços de acordo com o volume, quantidade, valor e frequência de embarques.
Nesse ponto, é preciso ter atenção especial para que esse fator seja incluído corretamente, visto que o tipo de transporte e o seu custo, se negligenciados, podem facilmente inviabilizar um processo de importação.
Câmbio
É comum que o importador efetue o pagamento da mercadoria na moeda do exportador.
Para esse processo ocorrer sem problemas, a compra de moeda estrangeira e a remessa para o exterior, a fim de efetivar o pagamento da mercadoria, é realizada por instituições financeiras, que aplicam taxas que também devem ser consideradas nos custos da importação.
Seguro de Transporte Internacional
Esse é um custo facultativo, que representa em média menos de 1% do valor da mercadoria.
Em outras palavras, é um custo baixo que o importador pode decidir bancar ou não. Porém, no contexto geral vale muito a pena e é extremamente aconselhável, pois protege a empresa em caso de sinistro.
Como é feito o cálculo do custo de importação?
Esse cálculo contempla todos os custos mencionados até agora e tem como ponto de partida a Classificação Fiscal. Ou seja, os impostos e o tratamento administrativo que a mercadoria receberá será baseada na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).
Em síntese, a NCM é um código de oito dígitos utilizados para classificar a mercadoria de acordo com a sua natureza, composição, utilização, etc. A partir da NCM são definidas as alíquotas dos impostos, cuja forma de cálculo varia, razão pela qual deve-se atentar para possíveis reduções ou benefícios fiscais.
Sobre o tratamento administrativo, dependendo da NCM pode haver a necessidade de solicitar uma Licença de Importação pré-embarque. Nesse caso um órgão anuente, por exemplo, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), analisa e defere a autorização de embarque, o que também pode representar despesas a serem agregadas ao cálculo dos custos de importação.
Como os sistemas automatizados ajudam nos cálculos dos custos de importação?
Considerando a quantidade de custos envolvidos e as variáveis que podem ocorrer conforme a classificação fiscal e o cenário de importação, o uso de sistemas inteligentes e automatizados podem facilitar a vida do importador, uma vez que fornecem simulações de custos de importação com acuracidade e agilidade.
Além disso, por permitirem a reprodução de diversas situações, como a utilização de benefícios fiscais e regimes aduaneiros especiais, fornecem um leque maior de opções ao importador, que consequentemente consegue otimizar seus recursos financeiros.
A Gett tem um módulo com a funcionalidade de simulação de custos de importação
A Gett tem uma ferramenta inteligente e versátil que, por meio da gestão ERP (Enterprise Resource Planning – Planejamento dos Recursos da Empresa), pode atender perfeitamente a necessidade de qualquer empresa importadora, desde o controle e gestão da importação, emissão da Nota Fiscal de Importação até a gestão do estoque e controle financeiro.
A funcionalidade de simulação de custos pode lhe auxiliar a levantar os custos de importação dos seus processos, pois a ferramenta conta com um banco de dados com alíquotas dos impostos e NCMs atualizadas, a fim de garantir uma simulação precisa, o mais próximo possível do custo real da importação.
Com a solução ERP é possível melhorar os processos dentro da empresa, automatizando as tarefas repetitivas e sem valor agregado. Da mesma forma, pode-se ter uma fonte confiável e atualizada de informações para a tomada de decisões.
E aí, o que achou sobre os custos de importação? Você está calculando corretamente? Há algo que precisa ser ajustado para melhorar o seu processo? Entre em contato conosco e conheça as soluções que a Gett pode oferecer para a sua empresa.