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Como preparar a sua empresa para importar?

Primeiramente, importar é uma arte, e como toda arte, além de inspiração e dom, é necessário técnica, conhecimento e, além de tudo, disciplina para preparar sua empresa para importar.

Importar não se resume à vontade de comprar produtos estrangeiros, trazê-los ao Brasil e vendê-los no mercado nacional. É muito mais que isso.

Então, como se faz? Como se preparar para um mercado volátil, dependente de políticas externas e da burocracia brasileira?

As respostas a essas e outras perguntas estão nesse artigo.

Por que preciso preparar a empresa na Importação Formal?

Antes de tudo precisamos estabelecer alguns limites.

A Importação Formal é aquela feita por empresas habilitadas no RADAR, um cadastro nacional da Receita Federal do Brasil para empresas importadoras e exportadoras.

Nessa formalidade, os impostos (II, IPI, PIS, COFINS e ICMS) são recolhidos de acordo com a classificação fiscal (NCM) do produto declarada em um sistema do próprio governo (SISCOMEX ou DUIMP), além de taxas e contribuições, como AFRMM para embarques marítimos, por exemplo.

Além disso, é necessário ter o fechamento de câmbio para a mercadoria comprada e a contratação de frete e seguro internacionais, podendo este último ser contratado na origem ou no destino.

O que não é Importação Formal:

  • Compras em site de e-commerce (Aliexpress, Shopee, DX etc.);
  • Compras em viagens internacionais trazidas em bagagens, sem declaração; e
  • Courier (seja para a remessa expressa de documentos ou produtos).

4 Passos para preparar sua empresa para importar

Somente 4 passos? É isso mesmo?

Sim! Isso porque cada passo tem suas próprias etapas e desdobramentos, o que pode quadruplicar os cuidados que você precisar ter para preparar a sua empresa para a Importação Formal.

Muitas dessas etapas têm impacto direto nas futuras importações de sua empresa, fazendo parte do quesito “comex”, que envolve classificações fiscais, fornecedores, registros e cadastros. Entretanto, veremos que abrangem um aspecto mais “administrativo”, que diz respeito à parte fiscal-tributária da organização.

Inclusive, a vontade de querer importar deve ser maior que o medo do risco que se pode correr. Tenha em mente que importar já é arriscado, mas com os passos certos sua empresa entrará nesse ramo firme, com bases sólidas e pronta para enfrentar as adversidades da importação.

Preparar perante a Receita Federal

Contudo, além do CNPJ/MF ativo e regular (que é básico para qualquer empresa), é necessário estar habilitada no RADAR, cadastro este da RFB para importadoras e exportadoras, é um dos principais requisitos para começar a importar.

O regime de tributação também é importante (Lucro Real, Presumido ou Simples Nacional), pois é através dele que o estudo de viabilidade lhe dirá se vale a pena importar determinado produto, seja para revenda, industrialização ou consumo, valendo-se ou não de crédito de tributos.

Já o CNAE da empresa não é tão determinante assim, mas é sempre bom deixar registrado no CNPJ/MF que a sua empresa está se aventurando pelo mundo de Comércio Exterior, nesse caso, na importação.

Capacidade financeira e operacional

Parece óbvio, mas no Comex o óbvio também precisa ser dito, então é sempre bom lembrar: sua empresa precisa de capacidade financeira para importar.

Isso significa ter dinheiro para pagar:

  • o fornecedor estrangeiro;
  • os tributos de importação;
  • os fornecedores da cadeia logística; e
  • ainda, ter uma reserva para casos de emergência (e acredite, sempre acontece algo fora do seu controle).

Até porque a capacidade financeira é um dos requisitos para conseguir um limite de RADAR mais alto (seja ele de USD150 mil ou ilimitado), fato este que demonstra o poderio financeiro da organização.

No que diz respeito à capacidade operacional, você deve provar que tem um armazém para estocar a sua mercadoria. Mas calma! Você pode contratar uma empresa especializada nisso e comprovar este fato com o contrato firmado entre as partes.

E, operacionalmente, você precisa ter em sua sede energia elétrica e internet, no mínimo (sim, isso é sério).

Setor de importação

É aqui que está um importante (dentre muitos) divisor de água entre o fracasso e o sucesso de um projeto de importação.

Quando uma empresa decide importar, ela deve levar em consideração que precisa de colaboradores que entendam do negócio, além, claro, de conhecer a cultura da empresa.

De nada adianta montar todo um processo para começar a primeira importação e para isso contratar alguém inexperiente, com nenhum ou pouquíssimo know-how no assunto. É receita para o insucesso.

Isso porque é o setor de importação de sua empresa (seja formado por uma equipe ou uma pessoa sozinha) que precisará:

  • Fazer o estudo de viabilidade da importação;
  • Contratar os fornecedores (sejam eles exportadores, agentes de cargas, corretoras de cambio e seguro, transportadoras, armazéns, terminais e despachantes);
  • Realizar a classificação fiscal dos produtos importados, uma vez que é de responsabilidade do importador conhecer o seu produto e classificá-lo corretamente;
  • Emitir NFs de Entrada e Saída, ou instruir o setor responsável corretamente;
  • Contatar fornecedores, sejam eles estrangeiros ou nacionais;
  • Analisar a documentação de embarque, para garantir que estejam de acordo com o Regulamento Aduaneiro; e
  • Diversas outras atividades relativas à Importação.

Sistemas de gestão de dados

E por último, mas não menos importante, ter um sistema de gestão de dados e de controle voltado para Comércio Exterior é essencial para poupar tempo e ter mais zelo e compliance nos processos.

Isso auxilia a empresa importadora a emitir notas de forma assertiva e rápida, além de estar no controle do processo, com acesso imediato aos dados muito facilmente.

Para quem for cuidar do processo, seja ela uma pessoa, uma dupla ou equipe, um sistema que reúna as informações do processo de importação é uma “mão na roda”.

Por isso, na criação do projeto e no briefing sobre o que, como, quando e por que importar, deve-se levar em consideração a contratação de um sistema de gestão de dados para o Comércio Exterior da sua empresa.

Conclusão

A Gett pode auxiliar a sua empresa na preparação para importar! Dê o start necessário na transformação digital da sua empresa com um software especializado na gestão de dados para Comércio Exterior.

Torne seu negócio mais estratégico com um sistema que lhe ajudará na gestão de importação e emissão de notas fiscais, o que garante assertividade e agilidade nos seus processos.


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Jonas Vieira

Jonas é graduado e pós-graduado em Comércio Exterior, atua desde 2007 com foco em importação na indústria e comércio, e desde 2018 produz conteúdo sobre a área. É apresentador do podcast Invoice Cast e Co-Fundador da Invoice Content, agência de marketing que atende unicamente empresas de comércio exterior.

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