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BRICS: Quais são os novos países membros?

Na última cúpula realizada em agosto desse ano, foi formalizado a entrada de novos países no BRICS. Em mais 20 pleitos de entrada, foram aceitos somente seis países. 

Ao longo desse artigo, vamos entender: 

  • O que é o BRICS? 
  • Quando os novos países vão entrar no BRICS? 
  • Quais são os países e alguns dados de cada um? 

A geopolítica mundial está mudando e é importante que todo profissional entenda o novo comportamento dos BRICS com a entrada desses novos países. 

O que é BRICS? 

BRICS é um grupo formado por cinco países, sendo eles: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 

As iniciais desses países formam o acrônimo BRICS. Essas nações de diferentes partes do mundo compartilham características importantes, como economias em crescimento e influência global. 

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O BRICS nasceu como uma colaboração estratégica para reunir as principais economias emergentes, unindo esforços para promover o desenvolvimento sustentável, fortalecer suas vozes nas questões globais e enfrentar desafios comuns. 

“Leia também: BRICS: Para que serve aos países membros?” 

Esses cinco países têm em comum a busca por maior influência e protagonismo no cenário internacional. Ao longo de sua história, que teve início oficialmente em 2006, o BRICS tem desempenhado um papel crucial na dinâmica global.   

Por que o BRICS é importante? 

As economias dos países do BRICS é pujante e com a entrada de novos membros, tem tudo para se tornar ainda mais forte. Para efeitos de comparação, antes da expansão, o grupo já detinha mais de 40% da população mundial. 

O BRICS se torna um contraponto político importante ao G7 – grupos dos países mais ricos em relação ao PIB. 

O BRICS, desde seu nascimento, discute em suas cúpulas formas de aumentar o comércio entre os países membros, além de efetuarem propostas de segurança e desenvolvimento. Também se preocupam com questões globais, como a mudança climática e o desenvolvimento sustentável. 

O BRICS é composto por nações com culturas, línguas e tradições diversas. Isso traz uma riqueza de perspectivas e experiências para o grupo. 

Quando os novos países vão entrar no BRICS?  

Apesar de já terem sido admitidos, as seis novas nações só passarão a integrar o BRICS de fato em janeiro de 2024. 

O anúncio foi feito pelo presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, após a conclusão da 15ª cúpula do Brics, realizada no país. 

Os países entrantes são: 

  • Arábia Saudita;
  • Argentina;
  • Emirados Árabes Unidos;
  • Egito;
  • Irã;
  • Etiópia.

Muito se falou após o fim da cúpula, questionando se esses novos integrantes seriam capazes de dar sequência ao BRICS, frente às tensões geopolíticas que vem acontecendo. Ramaphosa declarou: 

“A ampliação do BRICS nos permitirá harmonizar melhor os pontos de vista dos países que buscam uma governança global mais justa, um sistema financeiro, de investimento e comercial baseado em regras claras que se aplicam igualmente a todos os países. A ampliação do grupo também significa que poderemos exportar mais de nossos produtos para os principais mercados e, como resultado, poderemos produzir mais e criar mais empregos. Já nos beneficiamos muito das relações com o Brasil, a Rússia, a Índia e a China.” 

Novos países no BRICS: Quais são? 

Traremos agora dados econômicos e demográficos dos países entrantes.  

Arábia Saudita 

A Arábia Saudita é um país localizado na Península Arábica, no Oriente Médio. Possui uma economia diversificada, mas sua principal fonte de receita é a produção de petróleo, o que a torna uma das maiores produtoras e exportadoras de petróleo do mundo. Sua população é de 35 milhões de habitantes, mas muitos são estrangeiros. 

O governo saudita tem buscado diversificar a economia e reduzir sua dependência do petróleo por meio de um plano de reforma econômica conhecido como “Visão Saudita 2030”. Esse plano visa promover setores não petrolíferos, como o turismo, a tecnologia e a indústria de entretenimento. 

O país enfrenta desafios no que diz respeito ao desemprego, especialmente entre os jovens. O governo está trabalhando para criar empregos no setor não petrolífero para abordar essa questão. 

Argentina 

A Argentina é a segunda maior economia da América do Sul. No entanto, o país tem passado por um período bastante volátil, com períodos de crescimento e recessão. Setores econômicos importantes incluem agricultura, manufatura, serviços e recursos naturais. 

A atual economia da Argentina está com índices altíssimos de inflação. O país está à beira de uma eleição presidencial e muita coisa pode mudar. 

Emirados Árabes Unidos 

Os Emirados Árabes Unidos tem um histórico de ser um grande exportador de petróleo, mas assim como a Arábia Saudita, vem buscando diversificar para outros setores. 

Os EAU são conhecidos por seu ambiente de negócios amigável e são um centro de comércio internacional. O país atrai investidores estrangeiros e empresas multinacionais devido a políticas fiscais favoráveis e infraestrutura de classe mundial. 

A população dos EAU é composta principalmente por expatriados, que superam em número os cidadãos dos EAU. A população é diversificada em termos de origem étnica, com expatriados de várias partes do mundo, incluindo países do sul da Ásia, Oriente Médio, Europa e outros. 

Egito 

A economia do Egito é uma das maiores do continente africano. Ela é diversificada, com setores como agricultura, indústria, serviços e turismo desempenhando papéis significativos. Além disso, o Canal de Suez é uma importante fonte de receita, devido às taxas de trânsito cobradas das embarcações que passam pelo canal. É o país mais populoso do mundo árabe e tem uma população de mais de 100 milhões de habitantes. 

O Egito enfrenta desafios econômicos, incluindo altas taxas de desemprego, inflação e uma crescente dívida pública. O governo tem buscado reformas econômicas para enfrentar esses desafios. 

Irã 

O Irã possui uma das maiores economias da região do Oriente Médio e é classificado como uma economia de renda média-alta. Sua população ultrapassa 80 milhões de habitantes. 

O Irã possui algumas das maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo. O setor de energia é fundamental para a economia iraniana e representa uma parte significativa das exportações do país. 

“Leia também: OPEP: Por que ela comanda o preço do petróleo no mundo?” 

O país enfrentou sanções econômicas internacionais devido a preocupações com seu programa nuclear. Embora algumas sanções tenham sido aliviadas após o Acordo Nuclear de 2015, o país ainda enfrenta restrições econômicas. 

Etiópia 

A economia etíope é em grande parte agrícola, com a agricultura desempenhando um papel fundamental na subsistência da população. 

A Etiópia tem buscado o desenvolvimento de seu setor manufatureiro, atraindo investimentos em parques industriais, especialmente na produção de têxteis e vestuário. 

O país tem investido em infraestrutura, incluindo estradas, ferrovias e barragens para melhorar a conectividade e o acesso a recursos hídricos. 

Conclusão 

Entendemos nesse artigo o que são os BRICS e quais são os novos países entrantes. Podemos observar que a entrada dessas novas nações traz uma predominância da comercialização do petróleo e gás e veremos, num futuro próximo, como os países se comportarão. 

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Kauana Pacheco

Kauana é formada em Negócios Internacionais e é especialista em Big Data & Market Intelligence. Kauana é a fundadora da ComexLand, onde atua como especialista em marketing focado para empresas do Comércio Exterior e Logística Internacional.

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