Seja para transporte de carga ou de passageiros, o modal rodoviário impõe sua grandeza em um país de porte continental como o Brasil.
Tal modal é expressivo e de vital importância para o planejamento logístico.
O Plano Nacional de Logística 2035 aponta que, desde o século XIX, preocupações, cenários de simulação e propostas são apresentados e discutidos por governantes e companhias do setor. Seu intuito é promover melhorias para o fluxo logístico nacional, seja para a distribuição interna, a chegada de mercadorias importadas de países vizinhos ou o escoamento de nossa produção nacional com as exportações.
Em seguida veremos mais algumas informações e particularidades desse modal.
Quais são os modais de transporte?
Antes de tudo, os principais modais são:
- Aéreo: transporte via aviões;
- Aquaviário: transporte realizado através de embarcações de pequeno e grande porte;
- Dutoviário: transporte feito por dutos, muito utilizado para escoar líquidos como combustíveis. O transporte de energia elétrica, gás natural, água e esgoto também podem ser classificados neste modal.
- Ferroviário: transporte via trens;
- Infoviário: é o digital ou virtual que se utiliza da infraestrutura de telecomunicações para o transporte, mais comumente formada por fibra ótica e satélites;
E, por fim, temos o rodoviário. Quer saber mais sobre ele? Continue lendo e entenda o que é, suas vantagens e desvantagens!
O que é o modal rodoviário?
Trata-se de todos os transportes executados por veículos leves, semipesados, pesados ou extrapesados via rodovia, estrada, avenida e rua, visando movimentação de cargas ou de pessoas.
No Brasil, é o mais popular e utilizado tanto em centros urbanos, como em longas distâncias. Algumas das maiores vantagens são:
- sua flexibilidade permite que a entrega de um produto possa ser feita na porta do cliente;
- o transporte de pessoas para um ponto o mais perto possível de seu destino;
- boa integração a outros modais, se necessário.
Cenário do transporte rodoviário no Brasil
Alguns estudos apontam o modal rodoviário como o responsável por cerca de 60% a 70% do escoamento da matriz de transporte brasileira.
Segundo o Anuário CNT do Transporte 2021, da Confederação Nacional do Transporte, a malha rodoviária nacional tem mais de 1,7 milhões de quilômetros de extensão total. Desse valor, cerca de 61% das rodovias avaliadas possuem algum problema, seja de pavimentação, sinalização ou até de falhas na geometria. Ainda assim, cerca de 110 milhões de veículos registrados rodaram por essas vias no ano passado.
O modal de transporte rodoviário é o mais popular dos meios de locomoção nacional. Essa grandeza pode ser vista nos dados oficiais e não-oficiais — como transportes internos em grandes indústrias, fazendas, fora de estrada em mineradoras, ou até mesmo para levar equipamentos e jogadores em um campo de golfe.
Quais os veículos mais usados no modal rodoviário?
Um dado relevante que nos mostra o Anuário CNT do Transporte 2021 é que o veículo mais utilizado para transporte de carga é o semirreboque, que corresponde a cerca de 32% (aproximadamente 730 mil unidades) do total de veículos em 2020.
Curiosamente, o semirreboque não é um veículo tracionado, ou seja, não se locomove através da própria força. Desse modo, é imprescindível um veículo tracionado para que ele seja locomovido.
Sendo assim, em torno de 25% (560 mil unidades) representam o total de caminhões trator – popularmente conhecidos como cavalo mecânico – que ficaram responsáveis por locomover os cerca de 730 mil semirreboques neste período.
O restante fica a cargo dos caminhões simples, caminhões leves, furgões, utilitários leves, entre outros. Vejamos a seguir alguns detalhes dos veículos mais comuns no transporte de carga:
Caminhão Fixo
Considerados como caminhões não-articulados, aqueles onde carroceria e cabine são montadas sobre o mesmo chassi, existem três tipos:
- VUC – Veículo Urbano de Carga: são veículos 3/4 com circulação autorizada em zonas de restrição, diferente de outros tipos de caminhões, muito comum na cidade de São Paulo, local onde primeiro surgiram. A utilização dessa categoria já se disseminou pelo país, se tornando a cada dia mais comum;
- Caminhão toco ou semipesado: se caracteriza por ter apenas um eixo traseiro e consegue transportar cerca de 8 toneladas;
- Caminhão truck ou pesado: denominado assim principalmente por possuir dois ou mais eixos tandem, que são eixos duplos ou triplos seguidos na traseira ou duplos na dianteira, montados sobre o mesmo chassi.
Carreta
Carreta pode ser entendida como o conjunto do caminhão trator com o semirreboque. É um conjunto articulado e, portanto, preparado para levar mais peso que os caminhões não-articulados.
Há uma variedade grande de carretas ou semirreboques disponíveis no Brasil atualmente:
- carretas simples;
- carretas vanderleias;
- carretas sider;
- carretas grade baixa;
- carretas graneleiras;
- carretas baú;
- carretas basculantes;
- carretas tanque;
- carretas silo;
- carretas prancha;
- carretas refrigeradas;
- carretas porta-container.
Esse certamente é o tipo mais flexível no modal de transporte rodoviário.
Bitrem
O bitrem é uma composição de dois semirreboques atrelados junto a um caminhão trator ou cavalo mecânico. Eles formam uma composição com grande capacidade de carga, podendo transportar cerca de 42 toneladas.
Além disso, há os conjuntos popularmente conhecidos e utilizados no Brasil, como:
- bitrenzão;
- rodotrem;
- Romeu e Julieta;
- treminhão;
- conjuntos equipados com dolly.
Em resumo, são variações do conjunto caminhão trator e semirreboque, diferenciados pela aplicabilidade do trabalho para o qual foram projetados e pela capacidade de carga que podem transportar.
Cegonha
Em síntese, é uma variação da carreta especialmente projetada para o transporte de veículos de pequeno e médio porte. Uma cegonha também é composta por um caminhão trator e um semirreboque especial para esse fim.
Quais as vantagens do modal rodoviário?
Por sua grande abrangência, as vantagens no transporte rodoviário são expressivas, por exemplo:
- Flexibilidade: possibilidade de transitar por quase todos os tipos de terreno;
- Praticidade: fácil carregamento e descarregamento;
- Agilidade: tanto para cumprir entregas quanto para contratação;
- Adaptabilidade: grande integração com os demais modais de transporte;
- Embalagens: com restrições pequenas, pode carregar quase todos os tipos de produtos embalados.
Quais as desvantagens do modal rodoviário?
Infelizmente, com uma grande demanda e muitos operadores, é natural acompanharem também pontos negativos que devem ser considerados e entendidos no momento da escolha pelo modal rodoviário, como:
- exposição maior a acidentes e sinistros;
- preços e tarifas de seguros mais caros para longas distâncias;
- restrição de volume de carga por tipo de veículo;
- sempre exposto à variação de tarifas de impostos e suprimentos no longo prazo.
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