A importação, de fato, proporciona diversas vantagens às empresas que buscam maior competitividade no mercado. No entanto, os custos envolvidos podem elevar o preço do produto. Isso ocorre quando não são gerenciados com eficiência, o que compromete a margem de lucro. Obter a redução de custos na importação sem comprometer a qualidade é um desafio. Para isso, é necessário planejamento, conhecimento técnico, gestão logística eficiente e acesso a incentivos fiscais.
Neste texto, apresentamos os principais fatores que encarecem a importação e as melhores estratégias para economizar mantendo a qualidade.

Principais fatores que encarecem a importação
Antes de adotar estratégias de redução de custos na importação, é importante entender os principais componentes que tornam a operação cara:
Tributação
O Brasil possui uma carga tributária elevada sobre produtos importados. Impostos como o Imposto de Importação (II), IPI, ICMS, PIS/PASEP-Importação e Cofins-Importação podem representar uma parcela significativa do custo final do produto.
Em agosto de 2023, foi apresentado pelo IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) um estudo tributário realizado em parceria com o IBT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) que mostrou que os produtos importados vendidos no Brasil, a carga tributária varia de 63,75% a 118,11%.
Já a média de total carga tributária no desembaraço aduaneiro por famílias de NCM, foi a seguinte:
- Alimentos: 32,27%
- Beleza: 52,19%
- Brinquedos: 48,98%
- Eletrônicos: 48,92%
- Eletrodomésticos: 44,68%
- Vestuário/Calçados: 58,91%
Só por esses números apresentados no estudo realizado, é possível ver que a carga tributária brasileira continua sendo uma “grande vilã” quando o assunto é a redução de custos na importação.
Custo de frete internacional
O custo do frete internacional é um dos principais fatores que contribuem para o encarecimento das importações. Esse custo representa a despesa com o frete básico, além de taxas e sobretaxas cobradas pelas transportadoras, bem como despesas na origem e destino.
Em períodos de alta demanda, crises logísticas ou restrições na oferta de transporte, os valores do frete tendem a aumentar. Isso também impacta diretamente o preço final da mercadoria importada.
A distância geográfica e a rota entre o país de origem e destino também influenciam o valor do frete. Além disso, o tipo de mercadoria, seu valor, peso e volume, bem como a modalidade de transporte escolhida, afetam diretamente esse custo. Outro fator que eleva o custo é a variação no preço dos combustíveis.
Taxas portuárias/aeroportuárias e custos logísticos internos
Armazenagem, capatazia e outros custos operacionais em portos e aeroportos podem gerar despesas extras, principalmente quando há atrasos ou falhas no desembaraço aduaneiro.
Esses encargos variam conforme o tipo de carga, o tempo de permanência no terminal alfandegado e a complexidade das operações.
Além disso, essas tarifas diretamente ligadas aos portos e aeroportos, os custos logísticos internos também pesam no valor final da importação. Esses custos incluem o transporte interno das mercadorias, seja por rodovias, ferrovias ou outros modais, até o seu destino.
Fatores como a precariedade da infraestrutura de transporte, a distância entre os portos/aeroportos até as instalações do importação e os elevados preços dos combustíveis agravam ainda mais esse cenário.
Em muitos casos, a ineficiência logística acaba gerando atrasos e custos adicionais à operação de importação. Como resultado, o cliente final acaba arcando com preços mais altos e as empresas importadoras enfrentando desafios crescentes para manter seus custos sob controle.
Taxas de câmbio e despesas bancárias
A taxa de câmbio representa a relação entre a moeda nacional e a moeda estrangeira. Quando a moeda local se desvaloriza em relação ao dólar ou ao euro, por exemplo, o importador precisa desembolsar mais recursos (reais) para adquirir a mesma quantidade de produtos, aumentando assim o preço final.
Além da oscilação cambial, as despesas bancárias também exercem um peso importante no custo total da importação. As instituições financeiras costumam cobrar tarifas por operações. Esses encargos, muitas vezes, não são previstos com exatidão no planejamento inicial, o que pode gerar surpresas no orçamento das empresas importadoras.
Gestão inadequada de documentos e não conformidade da operação
Erros na classificação fiscal, falta de licenças ou de certificações exigidas ou ainda a não conformidade da operação com as normas e regulamentos específicos podem gerar multas, retenção de carga e retrabalho que acabam adicionando mais custos extras à operação.
Documentos mal preenchidos, informações divergentes entre os documentos apresentados a mercadoria importada, a falta de atualização em relação às exigências dos órgãos reguladores e o descumprimento de normas técnicas, regulatórias ou sanitárias, são erros comuns que comprometem a fluidez das operações e o fluxo de caixa das empresas.
Estratégias para redução de custos na importação sem comprometer a qualidade
O equilíbrio entre reduzir custos na importação sem prejudicar a qualidade dos produtos e a eficiência da operação só é possível ser obtido por meio de alguns pontos importantes que precisam ser levados em consideração, como:
Classificação fiscal correta das mercadorias
Uma correta classificação tarifária evita pagamentos indevidos de impostos e reduz o risco de multas e outras penalidades. Agora, uma classificação correta, feita com base em análise técnica detalhada do produto, descrições precisas da mercadoria importada e interpretação adequada das regras de classificação fiscal permite à empresa garantir o correto tratamento administrativo e tributário, além de poder identificar oportunidades de redução da carga tributária de forma legal.
Planejamento logístico integrado
Uma das principais formas de otimização de recursos na importação é por meio do planejamento logístico integrado, que permite à empresa prever demandas, escolher a modalidade de transporte mais adequada, programar embarques de maneira mais eficiente e negociar com maior poder de barganha junto a transportadoras e agentes de carga.
Além disso, a análise detalhada dos custos logísticos envolvidos permite identificar oportunidades de redução de despesas, evitando gastos desnecessários.
Gestão eficiente de câmbio
O cenário econômico global é altamente volátil, e as oscilações cambiais podem impactar negativamente os preços finais das mercadorias importadas.
Por isso, adotar práticas que permitam reduzir esses riscos se torna essencial para a viabilidade da operação.
Uma das principais formas de alcançar essa eficiência é por meio de um planejamento antecipado das operações de câmbio, alinhando a gestão financeira à área de compras internacionais.
Monitorar as tendências do mercado de câmbio e fazer uso de instrumentos de hedge cambial são ações que possibilitam maior previsibilidade dos custos e protegem a empresa contra variações abruptas nas taxas de câmbio.
A escolha de bancos ou corretoras com taxas mais competitivas também ajuda a reduzir encargos financeiros. Nesse processo, é fundamental avaliar não apenas o custo direto das operações cambiais, mas também os custos indiretos, como tarifas bancárias cobradas por cada instituição financeira.
Planejamento tributário eficiente
O conhecimento das regras tributárias e a utilização de mecanismos legais para reduzir a carga tributária da importação são pontos que não podem ser desconsiderados.
Para estimular setores estratégicos da economia, reduzir custos de produção e incentivar a inovação, o governo brasileiro concede uma série de incentivos fiscais relacionados à importação, podendo esses incentivos ser de natureza federal, estadual ou até mesmo municipal.
Entre os principais mecanismos disponíveis no Brasil, destacam-se:
- O uso de Regimes Aduaneiros Especiais, que permitem a suspensão ou a isenção parcial ou total de tributos na operação de importação.
- A utilização do Ex-Tarifário, que concede redução temporária da alíquota do Imposto de Importação (II) para bens de capital (BK) e bens de informática e telecomunicações (BIT) quando não há produção nacional equivalente.
- Incentivos estaduais que costumam permitir o diferimento do ICMS devido no desembaraço aduaneiro para comercialização pela empresa importadora; crédito presumido de ICMS na operação subsequente à importação para comercialização e diferimento parcial do ICMS na operação interna subsequente à importação.
Como a Gett ajuda com a redução de custos na importação
A Gett tem transformado a forma como as empresas gerenciam suas operações de comércio exterior, oferecendo um software especializado que proporciona um controle preciso e detalhado de todas as etapas de importação.
Uma das principais vantagens do nosso sistema de comércio exterior é a redução de custos, resultado de uma gestão mais eficiente e inteligente dos custos e despesas ao longo de todo o processo.
Com o Gett Pro, é possível realizar a simulação de custos antes mesmo de iniciar a importação, permitindo que a sua empresa tenha uma visão clara de todos os gastos envolvidos, desde impostos e taxas até despesas logísticas.

Além disso, nosso software para importadores, comerciais importadoras e Trading Companies oferece um acompanhamento detalhado de cada etapa da operação, permitindo o monitoramento de prazos, documentos e status das mercadorias em tempo real.

Esse nível de controle reduz o risco de atrasos, multas e retrabalho, fatores que costumam impactar o orçamento da sua empresa.
Ao centralizar todas as informações em uma única plataforma, a Gett proporciona maior transparência, agilidade e assertividade na gestão das importações. O resultado é uma operação mais enxuta, com custos reduzidos e maior previsibilidade financeira.
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