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A transformação digital e tomada de decisão baseada em dados no comércio exterior 

Você sabe como a transformação digital e, por conseguinte, a tomada de decisão baseada em dados pode te auxiliar em suas operações de comércio exterior?  

Sem dúvida, com o uso de dados, o processo de tomada de decisão na cadeia internacional se torna mais assertivo.  

Esses dados, porém, precisam ser aplicados de fato, pois de nada adianta possuirmos a informação se não sabemos como utilizá-la, certo?  

Por isso, trouxemos o Thiago Furtado (Gett), para conversar com especialistas na área: Beatriz Torres (Columbia Trading), Leandro Carelli (Solve Shipping Intelligence) e Anna Valle (Flowls).  

Aqui, você verá o melhor dessa conversa sobre a transformação digital, e poderá fazer um teste para saber em qual fase está o seu negócio.  

O papel da cultura na transformação digital no comércio exterior  

Primeiramente, vamos olhar para o papel da cultura na transformação digital do comércio exterior.  

A cultura é um fator essencial para a transformação, com o intuito de todos os colaboradores estarem engajados com a proposta.  

Além disso, como a cultura é motivo de orgulho para a empresa, ela deve ser levada em conta – e contemplada – durante os novos movimentos e processos.  

O ideal é que o processo de transformação digital comece no time tático e operacional, pois são os colaboradores mais envolvidos nas operações do comércio exterior.  

Depois, ele deve avançar à gestão estratégica, responsável pela tomada de decisão.  

Outrossim, para que esse novo aspecto da cultura – a transformação digital – seja implementado, todos os colaboradores precisam entender o propósito das mudanças.  

As fases de transformação digital da cultura no comércio exterior   

Em seguida, vamos conhecer as 5 fases de transformação digital da cultura no comércio exterior para uma tomada de decisão baseada em dados.  

Falaremos com detalhes delas, mas, só para dar um pequeno spoiler, elas são:  

  • negação aos dados;  
  • indiferença aos dados;  
  • preocupação com os dados;  
  • utilização dos dados; e   
  • empresa baseada em dados.  

Vale a pena mencionarmos, porém, que não existe um período certo para todas as empresas.  

Aqui na Gett, por exemplo, levamos cerca de 5 anos para sermos uma empresa baseada em dados.   

Esse período pode ser maior ou menor para o seu negócio.  

Agora, você conhecerá um pouco mais dessas fases, a fim de te ajudar na identificação. 

Fase 1: Negação aos dados  

Primeiramente, temos a fase de negação aos dados.  

Nessa etapa inicial da transformação digital, os diretores da empresa possuem desconfiança nos dados que possuem e, por consequência, optam por não utilizá-los.  

Dessa forma, eles não acreditam que podem chegar a uma informação assertiva e convincente e preferem seguir sua rotina de decisão da forma habitual.  

A convidada Ana apontou que, muitas vezes, as empresas não sabem quais são os dados relevantes.  

Isso porque a cadeia de suprimentos é complexa, uma vez que conta com a presença de diferentes atores, sistemas e órgãos intervenientes.   

Ademais, os dados estão fragmentados e cada parte da cadeia logística observa apenas uma pequena parcela do todo, pois não possui acesso integral aos dados.  

Para Beatriz, às vezes a alta gestão possui os dados e entende a sua importância, mas não consegue vender a ideia para as outras áreas.  

Por conseguinte, acaba existindo um controle padrão e um controle paralelo na empresa, sem a unificação das informações.  

O segredo aqui é mostrar para o cliente interno a relevância de utilizar os dados, mostrando como eles são estratégicos para o negócio.  

Para Leandro, o uso de dados representa um choque no modelo de trabalho que vinha sendo utilizado pelas pessoas há 2 ou 3 décadas.  

Logo, é natural que os diretores enfrentem resistência por parte dos funcionários, pois eles podem sentir insegurança com sua rotina e até com seu emprego. 

Fase 2 e 3: Indiferença e preocupação com os dados  

Em segundo lugar, é preciso lidar com a indiferença e preocupação com os dados.  

A indiferença é caracterizada pela falta de interesse dos diretores acerca dos dados que são coletados e utilizados pelo time tático e operacional.  

Já a fase de preocupação com os dados pode estar relacionada ao “despertar”, pois existe uma busca dos possíveis caminhos que podem ser trilhados para melhorar a tomada de decisão e condução do negócio.  

Para Leandro, na fase da preocupação com os dados, a empresa começa a recorrer a eles como uma forma de validar a decisão tomada.  

A antiga empresa em que ele trabalhava começou a mostrar aos colaboradores como os dados poderiam aumentar as vendas e diminuir os tropeços.  

Como resultado, eles começaram a se engajar e buscar mais desse conhecimento.  

Além disso, Ana afirmou que, quando os dados começam a ser utilizados no sistema operacional, os problemas são mais facilmente identificados pois fogem da normalidade.  

Dessa forma, ocorre uma antecipação e um menor tempo de resposta – assertiva – ao problema.  

Thiago apontou também que, muitas vezes, os diretores não param para olhar e analisar os processos da empresa, fazendo com que desconheçam as dificuldades.  

Aqui, uma dica é começar se questionando como mensurar o avanço de uma meta da empresa para iniciar um acompanhamento tão essencial para o negócio.  

Fase 4 e 5: Uso de Dados e Dados Data-Driven  

Em seguida, temos a quarta fase da transformação digital, que já se refere ao uso de dados (mesmo que de forma simples), e a quinta, que faz referência às empresas Data-Driven (baseadas em dados).  

A ideia aqui seria caminhar para que as decisões sejam tomadas de uma forma melhor.  

Nossa convidada Ana, em suma, contou a experiência de um cliente que reclamava que o produto já saía atrasado da fábrica, comprometendo toda a operação.  

Contudo, isso não chegava até a alta gestão.  

Posteriormente, em uma reunião com o conselho, ela apresentou os dados e um diretor logo entendeu que o problema estava nos prazos dos fornecedores.  

Então, a decisão foi conversar com os fornecedores e acertar os prazos. 

Beatriz contou sobre mercadorias de alto valor agregado de um cliente que, mesmo sendo transportadas no modal aéreo, atrasavam na nacionalização.  

Após analisar os dados, Bia pôde perceber que o produto não possuía seguro internacional, nem recebia licença de importação antes do embarque.  

Ao corrigir essas falhas descobertas na análise dos dados da operação, a entrada do produto não ultrapassou o prazo de 3 dias.  

Um ponto crucial é que sua empresa deve obter o máximo de informações possíveis sobre os processos para analisar o todo e encontrar os equívocos.  

Como falamos anteriormente, o processo até aqui nem sempre é rápido, mas quanto mais informações a empresa tiver, mais eficiente, eficaz e produtivo ele será.  

E, agora que sua empresa se tornou baseada em dados, a caminhada é um processo de melhoria contínua, sobretudo ouvindo os colaboradores.  

Em qual fase minha empresa está na transformação digital?   

Por fim, vamos conhecer o teste para saber em qual das fases da transformação digital está a sua empresa.  

A propósito, uma pergunta básica para saber isso é se questionar o que acontece se alguma pessoa do seu time sai de férias.  

Se acaso você responder que a execução continua igual, significa que sua empresa está no caminho certo da transformação digital.  

Porém, se a ausência da pessoa interfere nos processos, significa que a empresa não possui processos automatizados e depende da pessoa em questão.  

Esse questionamento nos dá uma visão inicial sobre a maturidade digital da empresa, por isso, trouxemos outras questões para aprofundamento do tema:  

  • todos os seus processos são digitalizados hoje?  
  • todos os seus dados estão armazenados em nuvem?  
  • a empresa estimula a democratização dos dados e os disponibiliza para os colaboradores?  
  • os colaboradores seguem os processos tecnológicos?  
  • o Excel é a principal ferramenta de BI?  
  • a tecnologia já ajudou sua empresa na redução de custos?  
  • as informações chegam ao tomador de decisão de forma completa e visual?  
  • você possui um sistema de gestão de comércio exterior?  

Se a grande maioria das respostas para essas perguntas for “sim”, sua empresa está, com toda a certeza, no caminho certo da maturidade digital.  

Contudo, se grande parte das respostas for “não”, a recomendação é que vocês olhem cuidadosamente para os processos e busquem ferramentas para a transformação digital. 

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Jonas Vieira

Jonas é graduado e pós-graduado em Comércio Exterior, atua desde 2007 com foco em importação na indústria e comércio, e desde 2018 produz conteúdo sobre a área. É apresentador do podcast Invoice Cast e Co-Fundador da Invoice Content, agência de marketing que atende unicamente empresas de comércio exterior.

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