Os 5 erros mais comuns na simulação de custos de importação
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Os 5 erros mais comuns na simulação de custos de importação

Se você opera no ramo de comércio exterior, com certeza já passou por alguns apertos com relação a simulação de custos envolvidos no processo de importação.

Apesar de ser fundamental fazer uma simulação de custos, muitas empresas acabam deixando de lado esse procedimento e consequentemente, se deparando com surpresas.

A simulação de custos é o passo mais importante para a estratégia de uma empresa que pretende importar produtos.

Afinal, os bens importados, sendo para revenda ou uso próprio, precisam ser pagos e os custos, margens e lucratividade precisam ser mensurados e planejados.

Mas como os processos de importação, por mais que tenham melhorado, ainda são burocráticos e complexos. A simulação pode ser trabalhosa, principalmente para empresas de menor porte que não contam com uma equipe especializada ou então não adotem sistemas de automação de parte desse processo.

Na hora de fazer a simulação de custos, é fundamental ter em mãos todas as informações sobre o produto que vai ser importado, afinal, classificação, nomenclatura, peso, medidas, porto de origem e destino e diversas outras variáveis impactam no valor final da operação.

Nesse post vamos te falar sobre os 05 erros mais comuns na simulação de custos de importação. Então se liga aqui e fuja desses buracos no seu caminho.

1 – NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL

Mais conhecida pela sigla NCM, é um código de oito dígitos que corresponde a classificação de uma mercadoria, é uma forma de identificação derivada do sistema internacional NESH. Se quiser conhecer um pouco mais sobre o assunto, clique aqui.

Um erro na classificação fiscal de mercadorias pode mudar o seu tratamento tributário, gerar uma demanda extra para correções junto ao Fisco ou mesmo multas. Isso, de acordo com o volume da importação, pode quebrar a operação de uma importadora.

Vamos te dar um exemplo para que você possa entender o tamanho do problema:  caso seja adotada uma NCM incorreta, a empresa pode ter que pagar 20% de imposto, ao invés de 2%.

Vale lembrar que um recolhimento maior ou menor de tributos por conta de um enquadramento incorreto do produto também penaliza a empresa. Se for maior, ela perde competitividade no mercado. Caso seja menor, a multa pode ser de até 75%.

É importante esclarecer ainda que para cada adições de importação ou correção de itens, existe uma taxa a ser paga no Siscomex.

Outro ponto de atenção é que a nota fiscal eletrônica depende da classificação fiscal para ser validada, uma vez que NCM é um dos campos validados no SPED.

Para conhecer mais detalhes sobre o NCM e como evitar e recorrer de problemas com a classificação de um produto, nós preparamos um post só sobre isso, acesse clicando aqui.

Se quiser consultar direto no site da Receita e simular alguns custos, você pode clicar aqui.

2 – CÁLCULO TRIBUTÁRIO

Esse é o passo mais importante para não errar na sua simulação. É possível obter os custos exatos com impostos, descontar desonerações e benefícios fiscais.

Impostos como PIS, COFINS, II e ICMS devem ser contabilizados na simulação de custos de importação, principalmente com o fim de evitar onerações elevadas. Dependendo do produto que você está importando, pode-se conseguir valores menores de tributação em Estados diferentes.

Todos esses cálculos podem ser feitos diretamente no site da Receita Federal, inclusive, caso haja discordância, pode-se contestar ou recorrer dos valores apresentados.

Se você quer mais informações sobre como calcular os impostos incidentes em operações de importação, preparamos um e-book sobre esse assunto.     

3 – TAXA DE CÂMBIO

Um dos vilões que podem comprometer a simulação de custos é a taxa de câmbio. Com a volatilidade das moedas, é sempre um desafio conseguir manter os custos dentro do planejado. 

Nessa hora é fundamental que a empresa faça uma projeção de custos e simulação dos possíveis cenários de flutuação do dólar ou de outra moeda estrangeira que esteja sendo utilizada.

Isso para que seja feita a contabilização de reserva para não prejudicar o fluxo de caixa da empresa.

Mas você sabe qual a taxa de câmbio deve ser utilizada?

Diferentemente do que algumas pessoas acreditam, a taxa a ser utilizada não é a do câmbio comercial e sim a PTax.

Trata-se de índice instituído por lei e divulgado pelo Banco Central e que é uma média da taxa de câmbio. Serve para que as grandes oscilações sejam, de certa forma, mitigadas.

Outro ponto a ser considerado na hora de fazer a simulação é compreender o momento em que a cobrança de impostos é realizada e qual taxa de câmbio deverá ser utilizada. Para facilitar o entendimento, vou dar um exemplo:

No contrato de compra das mercadorias estrangeiras ficou determinado que 30% do valor deverá ser pago no ato da contratação e o restante na entrega dos produtos. 

A cotação de que dia deve ser usada para o pagamento do saldo? Nem o dia da contratação, nem o dia da entrega. A data base deve ser o dia da Declaração de Importação. 

4 – AFRMM

A contribuição de Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante algumas vezes é esquecida na hora da simulação.

Essa é uma contribuição obrigatória que tem como o objetivo o desenvolvimento da Marinha Mercante e da Indústria de Construção e Reparação Naval do Brasil.

O valor varia entre 10% e 40% do valor do frete marítimo. O fator gerador dessa cobrança dá-se a partir do início efetivo do descarregamento da embarcação em porto brasileiro. 

Nem todo o processo de descarregamento gera a cobrança da Contribuição AFRMM, devendo-se se consultar no site da Receita Federal as operações isentas. Vale destacar que produtos provenientes do Mercosul são isentos.  

5 – CUSTOS LOGÍSTICOS

O custo logístico é um dos que mais impacta as operações de importação e por isso é importante ficar atento as modalidades escolhidas. Seja ela FIB ou FOB, valores de seguros internacionais, armazenagem, estocagem e taxas portuárias.

Cada porto tem os seus valores e tudo isso precisa ser levado em consideração. Evite fazer operações sem planejar muito bem os seus custos logísticos. Isso pode fazer um bom negócio virar um grande passivo para a sua empresa. 

Quer mais informações sobra simulação de custos? Você pode acessar nosso e-book sobre os Segredos da Simulação de Custos clicando aqui

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