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NVOCC: o que é e qual a sua atuação no Comércio Exterior

No mundo sem fronteiras do comércio global, um personagem peculiar ganha protagonismo: o NVOCC (Non-Vessel Operating Common Carrier). Esses profissionais são verdadeiros desbravadores logísticos que, mesmo sem ter uma frota própria de navios, orquestram com maestria o transporte marítimo de cargas.

O papel do NVOCC no comércio exterior é fundamental para facilitar o transporte de mercadorias, especialmente para empresas que não têm volume de carga suficiente para preencher o espaço de um contêiner inteiro. Então, quando você vê cargas sendo movimentadas com sincronia, pode apostar que há um NVOCC puxando os cordões dessa operação por trás das cortinas. São eles os maestros que garantem que o show prossiga sem percalços.

Sua expertise reside na arte de consolidar cargas de múltiplos clientes, considerando suas diferentes naturezas, tamanhos, pesos e formatos, explorando sinergias logísticas para otimizar custos e maximizar o aproveitamento dos espaços disponíveis nos meios de transporte.

Sua atuação é fundamental para a dinamização do comércio exterior contemporâneo, apesar de muitos não saberem ao certo qual é o real papel de um NVOCC. Continue aqui com a gente e acompanhe!

O que faz um NVOCC?

O NVOCC (Non-Vessel Operating Common Carrier), basicamente, é um “armador sem navios”. Mesmo não possuindo frotas próprias, esses operadores logísticos provam que “tamanho não é documento”. Assim, atuam como verdadeiros fios condutores entre exportadores, importadores, agentes de cargas e armadores marítimos, os NVOCCs exercem uma função vital na consolidação de cargas.

nvocc

Apesar de não possuir navios próprios, o NVOCC oferece serviços de transporte marítimo de cargas, reunindo cargas de diferentes embarcadores em um único contêiner. Dessa forma, otimizam o espaço e reduzem custos para todos os envolvidos.

O modelo de negócios é simples, porém pode se tornar complexo: de uma maneira bem generalista, podemos descrever o modelo de negócios da seguinte forma: os NVOCCs alugam um contêiner do armador, por exemplo, por US$ 1.000 de frete. Então, consolidam nele 10 cargas menores de diferentes embarcadores, cobrando US$ 200 de cada um. Por fim, arrecadam US$ 2.000 de frete, mais taxas, pagam os US$ 1.000 ao armador e embolsam um lucro de US$ 1.000.

Uma operação aparentemente singela, mas que demanda perícia logística para otimizar espaços e custos. É essa capacidade de enxergar oportunidades e criar soluções inteligentes que torna os NVOCCs peças-chave no grande tabuleiro do comércio global.

Quando embarcam esse contêiner, o armador emite um Master BL (Bill of Lading) em que o embarcador é o NVOCC em questão e o frete, como mencionado no exemplo, será de US$ 1.000. O NVOCC, por sua vez, emite vários (dez, de acordo com o exemplo acima) BLs, chamados House BL, com o frete de US$ 200 para cada embarcador. Cada embarcador negociará com esse House BL.

Sua expertise se manifesta na capacidade de harmonizar diferentes mercadorias que podem ser embarcadas juntas, assim garantindo que as cargas de diferentes empresas e que possuem em comum a mesma origem e destino possam ser transportadas dentro de um mesmo contêiner, otimizando custos e maximizando o aproveitamento dos espaços de transporte.

Etapas da atuação de um NVOCC

A expertise de um NVOCC perpassa por diversas etapas cruciais de uma operação logística. Inicialmente, na consolidação, recebem cargas de múltiplos embarcadores em seus terminais, agrupando-as estrategicamente em contêineres compartilhados para máxima otimização dos espaços. Em seguida, esses contêineres consolidados são embarcados em navios de armadores parceiros, rumo aos portos de destino pretendidos.

Ao atingir o porto de desembarque, coordenam a retirada e encaminham os contêineres aos terminais de desconsolidação, onde as cargas são separadas conforme seus respectivos consignatários. Paralelamente, auxiliam na obtenção da liberação alfandegária, providenciando a documentação necessária e cumprindo com os requisitos legais e fiscais aplicáveis para que cada cliente (importador) possa dar andamento ao processo de despacho aduaneiro de suas mercadorias.

Por que importar pequenas quantidades?

À primeira vista, a importação de pequenos volumes pode parecer pouco relevante. No entanto, essa prática encerra em si diversas vantagens estratégicas para aqueles que navegam pelas complexas águas do comércio internacional.

Um dos principais móveis por trás dessa abordagem é a possibilidade de realizar verdadeiros testes de mercado. Antes de se lançar em investimentos vultuosos, os importadores podem mensurar com maior precisão a aceitação e a demanda potencial de um novo produto, evitando assim riscos desnecessários.

Ao importar pequenos lotes iniciais, torna-se possível calibrar estratégias, ajustar abordagens e, principalmente, compreender com maior clareza os anseios e comportamentos dos consumidores antes de comprometer recursos mais robustos. Essa cautela pragmática representa uma valiosa cartada no jogo de xadrez do mercado internacional.

Essa abordagem gradual mitiga riscos. Outro fator é a aquisição de amostras, essencial em setores como varejo, moda e design para averiguar qualidade, acabamentos e especificações antes de pedidos em grande escala.

Empresas que utilizam equipamentos importados também costumam importar pequenas quantidades de peças para reparos e manutenção, garantindo a continuidade operacional. Importações podem visar produtos personalizados e exclusivos, como arte, antiguidades ou peças automotivas raras, onde quantidades reduzidas são naturais. Além disso, remessas iniciais menores possibilitam testes rigorosos de qualidade e conformidade antes de volumes mais substanciais.

Assim, a importação de pequenas quantidades é uma valiosa estratégia comercial, permitindo mitigar riscos, otimizar investimentos e assegurar a qualidade nos negócios internacionais.

Como a tecnologia pode simplificar uma importação?

A revolução digital vem varrendo barreiras e remodelando praticamente todos os setores da atividade humana. E o universo do comércio exterior, longe de ficar imune, vem surfando essa onda transformadora. As inovações tecnológicas estão traçando novos horizontes, revolucionando a forma como as importações são conduzidas e alçando patamares antes inimagináveis de eficiência, agilidade e controle.

tecnologia na importação

Essa disruptura digital vem arrastando consigo os velhos paradigmas e abrindo espaço para uma nova era de oportunidades e soluções inovadoras. Operadores que souberem se reinventar e abraçar essa onda terão muito a ganhar, navegando com desenvoltura pelos mares da modernidade logística.

Nessa vanguarda digital, um dos principais aliados são as plataformas online dedicadas à gestão integral das operações de importação. Esses sistemas integrados permitem que todo o fluxo, da solicitação inicial ao desembaraço aduaneiro, flua por caminhos totalmente digitais e centralizados, extirpando os antigos gargalos burocráticos e reduzindo drasticamente a necessidade de intervenções manuais.

Paralelamente, a automação de tarefas repetitivas e a integração dos sistemas exercem um papel crucial. Rotinas automatizadas passam a executar com destreza atividades como preenchimento de formulários, verificação de conformidades e encaminhamento de documentações, mitigando os riscos de falhas humanas e economizando um bem precioso: o tempo.

Soluções de rastreamento de cargas em tempo real revolucionaram a capacidade de enxergar e controlar os embarques. Munidos de tecnologias como GPS, RFID e monitoramento online, os importadores podem acompanhar com riqueza de detalhes a localização e status de suas mercadorias ao longo de toda a intrincada cadeia logística internacional.

Outra mudança é a Nota Fiscal Eletrônica de Importação, que substitui os seculares processos em papel por um fluxo totalmente eletrônico. Essa iniciativa não apenas agiliza os trâmites alfandegários, como também traz a tão esperada transparência, rastreabilidade e uma redução significativa do impacto ambiental.

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A qualidade dos serviços oferecidos pela Gett reside em sua habilidade ímpar de prover uma consultoria especializada de ponta a ponta. Com uma visão especializada, a empresa norteia seus clientes sobre as melhores práticas, estratégias e conformidades a serem adotadas nos intricados caminhos do comércio internacional.

Essa assessoria minuciosa permeia todas as fases, do planejamento inicial aos desenlaces alfandegários. Assim, garantindo que cada etapa transcorra de forma absolutamente otimizada e em plena sintonia com as regulamentações vigentes.

Mas a expertise da Gett não para por aí. Nós assumimos integralmente as rédeas da gestão do processo de importação, coordenando e executando com destreza todas as atividades envolvidas.

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Jonas Vieira

Jonas é graduado e pós-graduado em Comércio Exterior, atua desde 2007 com foco em importação na indústria e comércio, e desde 2018 produz conteúdo sobre a área. É apresentador do podcast Invoice Cast e Co-Fundador da Invoice Content, agência de marketing que atende unicamente empresas de comércio exterior.

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