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NCM e Classificação Fiscal é a mesma coisa? 

Neste artigo vamos entender um pouco mais sobre a classificação fiscal através da NCM e como ela é um dos principais pontos para quem deseja importar ou exportar, uma vez que é por meio dela que se definem diversos aspectos importantes para a tributação dos produtos. 

Para integrar o Comércio Internacional é preciso estar a par de diversas regras e costumes que compõem o meio. Nesse sentido, a classificação fiscal é um sistema que nos permite compreender quais são as principais características da mercadoria para assim encontrarmos qual o grupo mais adequado para ela. 

O processo de classificação é fundamental para manter o sistema tributário de um país e no Brasil ela é feita por meio de um código chamado Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) que identifica a mercadoria de acordo com sua origem, função etc. 

O que é classificação fiscal de mercadorias? 

Cada país estabelece um processo de natureza administrativa e tributária chamado classificação fiscal de mercadorias. 

Esse processo tem o objetivo de manter o controle sobre as mercadorias que são produzidas ou que entram em território nacional e são comercializadas no país ou fora dele. 

O objetivo é estabelecer um código que represente determinado produto. Como vimos, no Brasil esse número é definido por meio de uma sequência já preestabelecida, a chamada NCM. 

Esse padrão ajuda a identificar a mercadoria nas transações econômicas e está presente, por exemplo, nas notas fiscais, Invoice e outros. 

Além disso, é necessária para a aplicação de alíquotas tributárias e, consequentemente, para a precificação de mercadorias. 

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O que é NCM? 

A NCM ou Nomenclatura Comum do Mercosul foi adotada por países integrantes do bloco regional no ano de 1995, sendo eles o Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. 

É um código de nomenclatura sul-americano que define um número para determinada mercadoria e por meio deste é aplicada a tributação da operação internacional. 

É importante destacar que na NCM a tributação vai refletir acordos estabelecidos entres os países do Mercosul. 

O sistema possui 8 dígitos, sendo que os 6 primeiros são parte do Sistema Harmonizado (SH). Eles indicam, entre outros fatores, a origem e aplicação do produto. 

Nesse exemplo podemos ver como foi feita a classificação do mel in natura, cuja NCM é 0409.00.00. 

 

NCM e o Sistema Harmonizado 

O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias tem o objetivo de melhorar o crescimento do comércio internacional facilitando as transações econômicas. 

Criado em 1983 pela Organização Mundial das Alfândegas (OMA) e instituído pelo Brasil em 1986, o SH é fundamental para elaborar as tarifas aduaneiras. 

É uma espécie de lista que padroniza mundialmente o número correspondente a um tipo de mercadoria. 

Dessa forma, ao utilizá-la em um documento internacional, independentemente de quem recebê-lo poderá identificar qual produto se trata. 

Esse sistema de classificação fiscal de mercadorias é a base da NCM, pois como dito anteriormente 6 dos 8 dígitos são derivados do SH. 

Os 2 primeiros dígitos são referentes ao capítulo da mercadoria, enquanto os 4 primeiros indicam a posição dentro do capítulo. 

Já o 5º e 6º dígito representam desdobramento da posição do item e da subposição do item, respectivamente, e o 7º e 8º item são derivados da NCM. 

Qual a importância da classificação fiscal na importação? 

Antes de decidir realizar a importação de um produto é preciso identificá-lo por meio da classificação fiscal. 

Ao fazê-lo você poderá entender melhor sobre os impostos que se aplicam a essa mercadoria, se há políticas de defesa comercial ou se há incentivos por parte do governo e quais as exigências administrativas em relação a ele. 

Em relação às alíquotas podemos citar o Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 

A classificação fiscal também é utilizada para definir os valores das mercadorias de importação, o que é importante ser analisado antes do início do processo. 

Ademais, pela NCM se identifica a possibilidade de enquadramento em um Regime Aduaneiro Especial que implicaria diferentes impostos ou a isenção deles e a necessidade de licença. 

Dessa maneira, entende-se que sem a classificação fiscal não é possível concluir se a importação seria viável ou não. 

Calcular a tributação na importação 

O cálculo dos impostos de importação se dá com base no Valor Aduaneiro do produto que entrará no país. 

O Valor Aduaneiro, por sua vez, é composto pelo: 

  1. valor da mercadoria; 
  1. frete internacional; 
  1. seguro internacional da mercadoria, caso haja; e 
  1. capatazia, ou seja, a movimentação no porto. 

Dessa forma, imagine a seguinte situação em que 1 é equivalente a R$30.000; 2 é R$5.000; 3 R$4.000 e 4 R$1.000. O Valor Aduaneiro resultará então em R$40.000. 

Supondo também que a alíquota de Imposto de Importação é de 18%, calcularemos 18% de R$40.000. Chegamos, portanto, no valor do Imposto de Importação que é igual a R$7.200. 

A Receita Federal disponibiliza o Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações no qual é possível calcular os impostos por meio da NCM e sua respectiva classificação fiscal. 

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Encontrar oportunidades para reduzir custos 

A aplicação da NCM se tornou determinante para diversas políticas de redução de custo nas importações para o Brasil e países da América Latina. 

É válido lembrar que tais políticas são capazes de promover vantagens competitivas em relação a outras nações por meio da diminuição de impostos. 

Assim, é de suma importância realizar a classificação fiscal da maneira correta para que os países possam usufruir dos respectivos benefícios em seus acordos comerciais. Veja a seguir alguns exemplos. 

Como já sabemos, o Brasil é um dos integrantes do Mercosul, por isso também aderiu à chamada TEC, ou Tarifa Externa Comum. 

A TEC é um conjunto de tarifas que recai sobre as importações dos integrantes do bloco e tem como um dos seus objetivos impulsionar a negociação no grupo e diminuir os gastos. 

Nesse sentido, a alíquota deve obedecer à TEC e ela será diferente de acordo com a Nomenclatura da mercadoria. 

Podemos citar ainda os produtos de Ex-Tarifário, ou seja, aqueles que de acordo com a NCM não são produzidos no país ou que a produção não é suficiente. 

Por esse motivo o governo concedeu uma redução nos impostos de importação que incidem sobre eles, isso acontece com algumas máquinas, equipamentos e matérias-primas no Brasil. 

A Aladi (Associação Latino-Americana de Integração) é outro exemplo, pois ela propõe uma área em que os países integrantes obtenham preferências econômicas, é o chamado mercado comum. 

Mas para que os acordos possam ser cumpridos e as tarifas preferenciais aplicadas, também perpassam pela classificação correta dos produtos. 

Evitar multas por classificação incorreta 

Parece óbvio, portanto, dizer que a classificação fiscal das mercadorias deve ser realizada de maneira cuidadosa, visto que é fundamental para as tributações que são calculadas a partir da NCM. 

A classificação errada dos itens, mesmo que não intencional, pode gerar multas de altos valores para a empresa e, inclusive, inviabilizar o seu funcionamento. 

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É importante se atentar às características da mercadoria, qual pode ser sua categorização e como é sua aplicação. 

Siga passos que poderão ajudar: 

  1. Verifique os materiais que estão na composição do produto. 
  1. Tenha certeza de qual a utilidade do item, qual é a sua função? 
  1. Atente-se à possibilidade de existir outras nomenclaturas para o produto. 
  1. Saiba descrever a embalagem do produto, o material que a compõe. 

Além disso, para garantir que não haverá custos indesejados no processo você pode contar com profissionais especializados, como os da Gett. 

Controle suas NCM com a Gett 

Fazer a classificação fiscal das mercadorias por meio da NCM pode se tornar uma tarefa difícil e onerosa caso não se tenha o conhecimento necessário. 

É imprescindível fazer a classificação correta para evitar multas e manter a conformidade com a legislação do país. Por isso, conte com a Gett para realizar esse processo! 

Somos uma empresa especializada em soluções de comércio exterior, trabalhamos com tecnologia segura e intuitiva e temos um time de pessoas especialistas e confiáveis. 

Realizamos a gestão completa das transações internacionais da sua empresa, além da gestão da distribuição e até mesmo das suas vendas de importados. 

Podemos auxiliá-lo na classificação fiscal e emissão de notas fiscais de sua importação para que tudo saia conforme o planejado. 

Entre em contato conosco para conhecer melhor nossos serviços. 

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Jonas Vieira

Jonas é graduado e pós-graduado em Comércio Exterior, atua desde 2007 com foco em importação na indústria e comércio, e desde 2018 produz conteúdo sobre a área. É apresentador do podcast Invoice Cast e Co-Fundador da Invoice Content, agência de marketing que atende unicamente empresas de comércio exterior.

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